Apesar de controverso, o eucalipto continua a ser uma das árvores mais frequentemente vistas no nosso país, sobretudo para utilização na produção da pasta de papel. Contudo, o género Eucalyptus compreende mais de 700 espécies e muitas delas com utilização ornamental, como é o caso do Eucalyptus gunnii, também conhecido popularmente como eucalipto-de-gunn. Embora não seja habitual associar o eucalipto às plantas a ter em casa, esta variedade botânica adapta-se muito bem às condições interiores.

O seu crescimento é mais lento do que outras espécies do mesmo género. Os exemplares desta variedade botânica apenas crescem entre 30 e 40 centímetros por ano. Para além do crescimento relativamente moroso, o seu exuberante aspeto e variadas utilizações que tem tido tornam-no numa interessante aquisição. Por sua vez, no jardim, este eucalipto, cujas flores são ricas em néctar e atraem abelhas e pássaros, poderá crescer até 20 metros, podendo ser utilizado como árvore de sombra ou quebra-ventos.

Thunbergia mysorensis. A planta nativa do sul da Índia conhecida popularmente por sapatinho-de-judia
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Embora tenha uma interessante e atrativa floração creme, é normal que, em ambientes interiores, esta floração não se verifique. O eucalipto-de-gunn tem também uma folhagem que não deixa ninguém indiferente. Dotadas de uma fragrância fresca e inconfundível, as elegantes folhas arredondadas começam por ser de um azul prateado enquanto jovens, evoluindo depois para verde mais glauco. Esta atrativa foliação faz com que os rebentos sejam utilizados na decoração de interiores, para jarras e composições florais de longa duração. Aguenta-se, aproximadamente, cerca de 20 dias, praticamente três semanas, desde que mantido em água.

Apesar de o eucalipto não ser a primeira opção quando se pensa numa planta de interior, este poderá ser colocado num pote na varanda ou até mesmo num vaso no interior de casa, desde que próximo de uma janela, para que possa receber muita luz solar, essencial para o seu desenvolvimento. Ao cultivá-lo num recipiente, é importante ter em consideração que se trata de uma árvore e, como tal, precisará de espaço para se desenvolver. A localização deve, por isso, ser planeada e ponderada ao pormenor.

Também é relevante considerar que, como eucalipto que é, esta árvore apreciará um solo ligeiramente ácido e moderadamente fertilizado mas, sobretudo, com boa drenagem, pelo que o substrato de transplantação deverá ser rico em turfa e/ou areia. No que respeita à rega, o eucalipto-de-gunn não tolera encharcamento. Pelo contrário, é bastante resistente à seca. A rega deverá, por isso, ser moderada, sobretudo quando a planta se encontrar em vaso. A toxicidade é outra das preocupações.

Os cuidados que este eucalipto exige

O eucalipto é tido como uma planta medicinal, pelo que, em pequenas quantidades, não é considerado tóxico para pessoas ou animais. Contudo, é fundamental não o utilizar em concentrações elevadas. O ideal é verificar com um profissional de saúde antes de o tomar com medicamentos ou de o dar a crianças, a grávidas, a asmáticos ou a qualquer grupo de saúde de risco. Para manter durante mais tempo o seu porte arbustivo e evitar o crescimento desmesurado, há que o ir cortando regularmente.

Podem fazer-se podas anuais radicais no outono, como recomendam os especialistas. Todavia, este processo poderá ser feito progressivamente ao longo do ano, de forma a aproveitar as ramagens mais finas para exibir numa jarra. Como já foi referido, o eucalipto-de-gunn poderá ser utilizado no jardim como árvore ornamental ou numa varanda como pequeno arbusto. Em casa, pode ser cultivado num vaso ou até mesmo mantido como planta de corte, uma tendência crescente.

Em todo o mundo, são muitas as pessoas que aproveitam esta planta para decorar espaços. Há quem a corte em ramos, dispondo-os secos ou frescos em arranjos florais e em composições em ramo. Há ainda quem os use, aos molhos, em spas e casas de banho, em espelhos e em instalações em eventos. Contudo este não é o seu único uso, os seus óleos essenciais são muitas vezes utilizados como antisséticos para tratar feridas e queimaduras, mas também para aromatizar sabonetes e cosméticos.

Texto: Rita Bacelar Azevedo

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