É mais uma acha para a fogueira na guerra de palavras que opõe Fadi Fawaz à família do malogrado cantor desde a sua morte, em 2016. Segundo aquele que foi o seu último companheiro, George Michael tentou suicidar-se por mais do que uma vez nos últimos anos de vida. Além de se ter atirado do carro em andamento em 2013, como foi noticiado na altura, terá também usado uma faca com o intuito de se esvair em sangue.

"Ele tentou matar-se quatro vezes. Quando estava [internado] na reabilitação, tentou esfaquear-se 25 vezes", acaba de revelar o cabeleireiro e fotógrafo nas redes sociais. "Uma vez, perguntei-lhe se ele não estava contente por o 16 de maio [dia de uma das alegadas tentativas de suicídio] não se ter concretizado e ele respondeu que não. Ele queria tanto morrer que era assustador ouvi-lo a responder assim", garante Fadi Fawaz.

"Tenho a sensação que a vida, para ele, tinha acabado há muito", escreve ainda o ex-namorado do intérprete de êxitos globais como "Faith" e "Jesus to a child". Fadiz Fawaz, que conheceu George Michael em 2009, confidencia ainda que, no início, não cedeu aos seus avanços por causa da gammahydroxybutrate, mais conhecida como GHB, uma droga que o cantor alegadamente consumia. "Eu era muito contra", assegura.

"Dizia-lhe sempre [para a largar] porque não queria [um dia] encontrá-lo morto na cama. Era o meu maior receio", desabafa o homem que, ironicamente, encontraria George Michael sem vida, deitado no quarto, na manhã de 25 de dezembro de 2016. "Ele estava frio mas eu só percebi que ele estava morto quando reparei que os dedos das mãos estavam azuis", confidencia agora nas longas publicações que tem feito nas redes sociais.

A batalha pelos (muitos) milhões do cantor

A autópsia revelou que o cantor britânico de origem cipriota morreu de causas naturais, vítima de uma cardiomiopatia dilatada, condição que impede o bombeamento eficaz do sangue para o organismo, associada a uma miocardite, uma inflamação do músculo cardíaco, um problema agravado pela acumulação de gordura nas células do fígado. No testamento que tinha elaborado antes de morrer, não incluiu Fadi Fawaz.

Em agosto, Andros Georgiou, primo de George Michael, afirmou publicamente que o ex-namorado do cantor, que ainda reside na casa que o também compositor e produtor possui nos imediações de Regent's Park, em Londres, se preparava para contestar o documento em tribunal. Em abril, vários órgãos de comunicaram noticiaram que o cabeleireiro de 44 anos teria recebido cerca de 280.000 € da família do artista.

"Tudo [o que tem acontecido] é mau para todos. A nossa família tem sido muito afetada", afirmou um familiar, que quis preservar a sua identidade, a um jornal britânico. O casal namorou entre 2011 e 2016 e, quando morreu, o intérprete tinha uma fortuna estimada em 120 milhões de euros. Veja, de seguida, as últimas fotografias de George Michael que o namorado publicou nas redes sociais pouco antes da morte do companheiro.