Aderindo ao movimento "artistas contra o genocídio", Joana Seixas partilhou um pequeno texto que fala sobre o conflito armado entre Hamas e Israel.

"O parlamento português não me representa. Não me posso identificar, quando a preocupação primária é com o estado de Israel", começou por escrever.

"Estou solidária com os palestinianos que sofrem uma ocupação há mais de 75 anos, com duras consequências para o seu povo que vive em estado de Apartheid provocado por Israel. Nada disto é novo, nada disto simples, nada disto é de hoje, mas o que o ataque do Hamas evidenciou foi a hipocrisia da Europa e dos Estados Unidos perante as evidências", disse.

"O que o Hamas provocou num dia em Israel, tem sido o dia a dia dos palestianos das últimas décadas. Sou obviamente solidária com todas as vítimas dos ataques (tanto de Israel como do Hamas), mas o Governo (supostamente democrático) de Israel é tão ou mais terrorista que o Hamas (que não representa a maioria dos palestianos). Há muitas nuances na história que explicam muita coisa quanto à radicalização", acrescentou.

"Quem quiser sabe perfeitamente como se informar e não é com certeza através da grande maioria dos media. Por isto estou, obviamente, contra o genocídio que está a acontecer aos olhos de todos em Gaza", destacou de seguida.

"Tudo o que escrevi são factos, não é uma opinião escondida atrás deste dispositivo móvel que teoricamente protege os que através dele insultam e contaminam este espaço com ódio e desinformação. Na minha página o ódio será sempre banido. E que fique claro que condeno todos os atos terroristas! Não vão fazer demagogia com as minhas palavras", frisou.

"É necessário quebrar o silêncio por todas as vias possíveis. Silenciar algo tão grotesco é ser conivente com o que se está a passar", completou.

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