Marius Borg Hoiby, filho mais velho da princesa Mette-Marit da Noruega, foi acusado de 32 crimes, incluindo quatro violações, conforme anunciado esta semana pelo procurador-geral da Noruega, Sturla Henriksbo, numa conferência de imprensa.

Segundo o procurador, nenhum membro da família real foi interrogado pelas autoridades, contudo, confirmou que as mensagens trocadas entre o príncipe Haakon e a princesa Mette-Marit da Noruega com testemunhas ou alegadas vítimas foram incluídas na investigação levada a cabo pelas autoridades.

"Na medida em que houver mensagens entre indivíduos e parentes dos acusados relacionadas com o caso, as mesmas terão sido incluídas no material da investigação", notou o procurador.

A reação do príncipe herdeiro Haakon, padrasto de Marius, às acusações

Esta terça-feira, dia 19 de agosto, o príncipe Haakon foi o primeiro membro da família real a manifestar-se sobre os 32 crimes de que Marius foi acusado, antes de um compromisso em Trondheim (no qual fugiu às perguntas dos jornalistas sobre o polémico caso).

Num comunicado emitido pela Casa Real Norueguesa, o príncipe notou que este momento "tem sido desafiante e difícil para todos". "Ficaram esclarecidas quais as acusações. Cabe ao tribunal agora decidir. Da nossa parte continuaremos a cumprir as nossas obrigações", disse ainda.

Marius Borg Hoiby é acusado de 32 crimes (quatro são violações)

Marius, fruto de um anterior casamento da princesa Matte-Marit, poderá ser condenado até 10 anos de prisão, dadas as acusações de que foi alvo.

Além das quatro violações, Marius Borg Hoiby é acusado de maus-tratos em relações íntimas, atos de violência, violação da liberdade e de ter filmado e gravado vídeos sem consentimento.

As quatro violações pelas quais Hoiby é acusado ocorreram em 2018, 2023 e 2024, com a última a ser perpetrada após o início da investigação policial.

O filho mais velho da princesa, de 28 anos, é especificamente suspeito de "uma violação com penetração" e "duas violações sem penetração", indicou a polícia.

De acordo com a lei norueguesa, o conceito de violação abrange também atos sexuais sem penetração, cometidos quando a vítima não consegue resistir.