Numa nota publicada na sua página oficial, o ISPUP revela que o projeto MERIT pretende “criar um livro branco” para ajudar tanto investigadores, como decisores políticos a entenderem o impacto da maternidade nos rendimentos das mulheres.

O “livro” integrará também recomendações com vista a “atenuar” os efeitos da maternidade nos salários e percursos profissionais das mulheres, “tendo em vista reduzir as assimetrias de género”.

Liderado pelas investigadoras Teresa Leão e Joana Amaro, o projeto MERIT vai recorrer à informação proveniente da coorte Geração XXI (estudo longitudinal que desde 2005 acompanha cerca de 8.600 crianças e as suas respetivas famílias).

Através da recolha de dados das mães desta coorte, os investigadores vão “estimar o impacto que a maternidade tem exercido nos salários e no percurso profissional das mulheres” ao longo dos anos. Paralelamente, vão comparar com a influência da paternidade nos rendimentos auferidos pelos pais.

Os investigadores vão ainda analisar como é que a pandemia da covid-19 afetou as mulheres que foram mães, nomeadamente, nas condições de trabalho e nas disparidades entre homens e mulheres.

O projeto, que tem como parceiro o Centre for Research on Pandemics & Society, na Noruega, pretende avaliar as políticas públicas e os regimes jurídicos sobre esta matéria, tanto a nível nacional, como a nível europeu.

O propósito final da investigação é a “elaboração de recomendações e diretrizes que permitam minimizar as assimetrias de género e promover a igualdade entre homens e mulheres no que diz respeito aos rendimentos”.

Com um financiamento de 100 mil euros, o projeto MERIT – MothER Income InquealiTy, que foi um dos cinco vencedores do EEA Grants, deverá terminar no final de 2023.