Produto com Indicação Geográfica Protegida, a Alheira de Mirandela é obtida a partir de carne de porco de raça Bísara (que deve preponderar), carne de aves, carne de animais de caça, pão regional de trigo, banha de porco e azeite de Trás-os-Montes. Não lhe pode faltar o condimento com sal, alho e colorau.

É para homenagear este produto ligado há séculos à cozinha local que o concelho transmontano faz a festa com este enchido de 6 a 8 de março. Naquela que é a vigésima edição da feira vão estar presentes dezenas de expositores, havendo ainda lugar para a prova de petiscos regionais.

Em defesa da alheira portuguesa, não a frite, nem lhe corte a pele
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Ainda no prato, a acompanhar a alheira assada, a batata transmontana que deve ser cozida e os grelos, com o mesmo método de preparação culinária.

O certame que conta com entrada gratuita decorre no Parque do Império.

Para abrir o apetite, fica a receita de produção da alheira, de acordo com a indicação do caderno de especificação desta IGP: “após cortadas, as carnes de porco e de aves condimentadas são cozidas em água. O pão é cortado em fatias finas procedendo-se ao seu amolecimento na calda da cozedura. A esta massa juntam-se os restantes condimentos e as carnes desfiadas procedendo-se ao enchimento da tripa natural de vaca salgada cujas extremidades são ligadas por um fio de algodão. As alheiras são então submetidas a uma fumagem em lume brando, com lenha da região (carvalho e oliveira) durante aproximadamente oito dias”.