A radiação solar pode não só provocar queimaduras ou “escaldões”, mas também contribuir para o envelhecimento cutâneo e para o risco de desenvolver cancros da pele. A exposição solar é maior em atividades ao ar livre, seja na praia, na piscina, no campo ou durante caminhadas. Por isso, é particularmente importante adotar cuidados adequados para proteger a pele nesses contextos.

Nas idas à praia, além das estratégias de prevenção gerais, que incluem procurar sombras e evitar exposição solar direta prolongadamente, o uso de protetor solar é fundamental. Para ser eficaz, o protetor deve ser aplicado 20 a 30 minutos antes da exposição, em boa quantidade e uniformemente. Há que cobrir todas as zonas, não esquecendo as orelhas, os lábios, o dorso das mãos e dos pés. De facto, uma vez que toda a pele potencialmente exposta deve ser protegida, o ideal é aplicar o protetor solar ainda em casa, de preferência antes de vestir a roupa.

Posteriormente, ao chegar à praia deve reforçar-se a aplicação do fotoprotetor na pele exposta ao sol, e ir reaplicando de 2 em 2 horas pelo menos, para garantir o seu efeito de proteção. O contacto com a água ou transpiração acelera a remoção do produto e requer reaplicações mais frequentes, ainda que muitos protetores solares sejam atualmente classificados como “resistentes à água”.

É claro que cada pessoa poderá ajustar a colocação do fotoprotetor de acordo com as suas preferências e circunstâncias, e o momento exato para o fazer não é fator limitante. Importante é escolher um protetor solar de qualidade e usá-lo sempre.

Um artigo da médica dermatologista Margarida Moura Valejo Coelho.