“A Austrália tem regras claras sobre as suas fronteiras soberanas que não são discriminatórias”, disse Morrison numa conferência de imprensa em Camberra, explicando que a revogação do visto foi em resposta “à aplicação razoável das leis australianas de proteção das fronteiras”.

Os comentários de Morrison vêm na sequência do Presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, ter dito que o seu país iria lutar para defender Djokovic e que as autoridades do país dos Balcãs estavam a trabalhar para acabar com o “assédio” ao jogador.

Djokovic chegou ao aeroporto da cidade de Melbourne na quarta-feira à noite com uma isenção médica que lhe permitiria defender o seu título no Open da Austrália, mas os funcionários de controlo fronteiriço revogaram o seu visto quando o tenista não conseguiu justificar a autorização e detiveram-no durante várias horas.

O tenista de 34 anos encontra-se num hotel de quarentena em Melbourne à espera de ser deportado, segundo os media locais.

Já 20 vezes vencedor do Grand Slam, tal como Roger Federer e Rafael Nadal, o sérvio Novak Djokovic tem como objetivo um 21.º título em Melbourne.

O Open da Austrália, que começa a 17 de Janeiro, é o seu torneio favorito: foi em Melbourne que o sérvio ganhou o seu primeiro Grand Slam (2008), e ninguém lá ganhou tanto como ele (nove vitórias).

Na terça-feira o tenista revelou que lhe tinha sido concedida uma “isenção médica” para fazer a viagem. A federação australiana solicitou o sigilo médico para evitar justificar a renúncia.

O anúncio provocou reações negativas por parte de alguns jogadores, que denunciaram um padrão duplo, e por parte de alguma imprensa australiana, num país onde as medidas de combate à covid-19 foram particularmente rigorosas.

Novak Djokovic já se tinha pronunciado em abril de 2020 contra a vacinação obrigatória, que estava prevista na altura para permitir que os torneios fossem retomados.