A partir de Copenhaga, Hans Kluge afirmou que nos países europeus mais atingidos – Espanha, Itália, Reino Unido, Alemanha e França – há indícios de se ter atingido um planalto na curva, com redução ou estabilização do número de novos casos diários.

No entanto, em países do leste europeu como a Federação Russa, Bielorrússia, Cazaquistão e Ucrânia, os casos cumulativos subiram “15 por cento nos últimos sete dias”.

Em toda a região, há agora 1.408.266 casos confirmados de COVID-19 e as mortes atingiram 129.344, representando 46% dos casos e 63% das mortes a nível global.

Dos 44 países sob a égide do departamento europeu da OMS, 21 começaram a aligeirar as medidas de confinamento social e restrição de movimentos das populações, enquanto 11 – incluindo Portugal – vão fazê-lo nos próximos dias.

“Este vírus não perdoa. Temos que continuar vigilantes, perseverar e ser pacientes, prontos a reaplicar estas medidas se for necessário”, defendeu.

Hans Kluge recomendou aos governos europeus que retomem serviços médicos entretanto suspensos de forma “rápida e segura assim que a transmissão comunitária [do novo coronavírus) estiver controlada”.

Apelou ainda para que se garanta a vacinação das crianças, “uma das ferramentas de saúde mais eficazes” que existem.

Indicou que na Europa há um ressurgimento de doenças evitáveis com vacinas, como o sarampo, de que se registaram seis mil casos só este ano.

“Não podemos permitir que esta situação piore e que a COVID-19 seja amplificada por negligência” em outras áreas dos cuidados de saúde, salientou.