“O grande exercício será no fim de semana do 10 e do 11 [de abril]. Obviamente que esperamos que todos possam ser vacinados durante esse fim de semana, porque sabemos que existe uma grande concentração de esforços um pouco por todo o país, para que possam ser vacinados” nos centros de saúde, nas escolas ou em centros de vacinação, afirmou Tiago Brandão Rodrigues.

O governante discursava após a inauguração do Centro Escolar de Carvoeira, em Caxarias, concelho de Ourém, no dia em que os alunos dos 2.º e 3.º ciclos retomaram as aulas presenciais, no âmbito da segunda fase do plano de desconfinamento do país devido à pandemia de covid-19.

“Neste momento temos as listas que já foram providenciadas ao Ministério da Saúde e depois esperamos que durante esses dois dias, sábado e domingo, num enorme esforço, possam ser, efetivamente, vacinados todos os docentes do 2.º e 3.º ciclos, também os não docentes, também os mesmos profissionais do ensino secundário e, eventualmente, aqueles que não puderam ser vacinados por alguma vicissitude” no fim de semana de 27 e 28 de março, adiantou o ministro.

Tiago Brandão Rodrigues recordou que no fim de semana anterior à Pascoa foram vacinados “os professores do 1.º ciclo, os educadores do pré-escolar e depois todo o pessoal não docente, incluindo também os da escola a tempo inteiro”.

“Se eventualmente alguém ficou de fora, foi identificado para entrar neste próximo exercício”, nos dias 10 e 11 de abril, “onde o grande objetivo é, por um lado, poder recuperar eventuais profissionais que poderiam ter já sido vacinados no fim de semana anterior e depois todos aqueles que trabalham no 2.º e 3.º ciclos e também no ensino secundário, pessoal docente e não docente”, reiterou o ministro.

“Acredito que a ‘task force’ responsável pela vacinação, que já tem as listas do Ministério da Educação de todos aqueles que são elegíveis para a vacinação, está também a preparar este exercício”, declarou.

Para o governante, este é “um exercício importante” para “escalar o processo de vacinação em todo o país”.

Questionado sobre as palavras do secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, que hoje defendeu turmas com menos alunos para assegurar melhorias na aprendizagem e o cumprimento das regras de distanciamento, Tiago Brandão Rodrigues salientou que o Ministério está “com um processo de diminuição do número de alunos por turma”.

“Começámos – também com o acordo parlamentar em 2018 – a diminuir o número de alunos por turma”, referiu, acrescentando que este ano há mais 3.300 professores nas escolas, que “resulta do esforço” feito “no início do ano para aumentar o número das tutorias, para aumentar o crédito horário das escolas e isso implica também a possibilidade de as escolas fazerem coadjuvações e cumprirem o seu projeto pedagógico com outra extensão”.

Segundo o governante, há, igualmente, desde julho de 2020, “mais 8.100 funcionários, pessoal não docente”, nas escolas, o que traz “outro ânimo e outra capacidade às nossas escolas para darem resposta também às vicissitudes desta pandemia”.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.853.908 mortos no mundo, resultantes de mais de 131,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.885 pessoas dos 823.494 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.