Fonte da Santa Casa da Misericórdia de Sines avançou à agência Lusa que os dois utentes, que inicialmente tinham tido resultados negativos no teste, “apresentaram sintomas” da doença e por precaução foram internados no HLA, onde testaram positivo.

Os dois utentes “estão estabilizados”, indicou à Lusa a delegada de saúde de Sines, Fernanda Santos.

Com estes dois novos casos, sobe para 52 o número total de pessoas infetadas, dos quais 40 utentes e 12 funcionários, havendo já a registar dois óbitos.

De acordo com o provedor da Misericórdia de Sines, Eduardo Bandeira, a Segurança Social “já está a responder” às necessidades de recursos humanos, com uma Brigada de Intervenção Rápida, “que foi ativada” para auxiliar nos cuidados aos residentes do lar.

“Entre quarta-feira e hoje já começaram a chegar técnicos de apoio” à Estrutura Residencial para Idosos (ERPI), adiantou o provedor da Misericórdia de Sines, que tem mais de 20 funcionários em isolamento (os 12 positivos e contactos de risco).

O surto de covid-19 no Lar Prats da Misericórdia foi identificado no domingo com os primeiros dois casos de utentes infetados, acabando ambos por falecer no Hospital do Litoral Alentejano.

Na sequência destes dois casos foram realizados mais de 100 testes de rastreio ao novo coronavírus SARS-CoV-2, entre utentes e profissionais do lar, tendo sido detetados mais 35 utentes e sete funcionários com o vírus que provoca a covid-19.

No Lar Prats da Misericórdia de Sines, que tem 200 residentes, foram realizados na quarta-feira testes aos residentes e trabalhadores de todas as valências da Misericórdia de Sines, tendo sido detetados seis casos, um utente e cinco funcionários.

A instituição de apoio social decidiu suspender novamente todas as visitas e disponibilizar uma linha telefónica dedicada à prestação de informações aos familiares dos residentes.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.468 pessoas dos 137.272 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.