A proposta, aprovada hoje por unanimidade na reunião do executivo da Câmara do Porto, visa disponibilizar até 100 mil testes de antigénio até ao final do ano.

Questionado pelo vereador do Bloco de Esquerda, Sérgio Aires, sobre o valor de um milhão de euros para a compra dos testes de antigénio, o presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, disse que o valor estimado foi de 10 euros por cada um.

Considerando que a medida de obrigatoriedade de testes à covid-19 “não foi acautelada”, o autarca disse ter falado com a Associação de Comerciantes do Porto e com a Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto, tendo tido conhecimento que “há iniciativas que vão culminar”.

Rui Moreira revelou ainda ter falado com a ministra da Saúde, Marta Temido, que considerou a medida “excelente”, uma vez que complementaria o que está a ser feito pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) e pelas farmácias portuguesas.

“Se aprovarem esta medida, os testes ficam disponíveis a partir de amanhã [terça-feira]”, revelou o autarca, lembrando que terça-feira é véspera de feriado e que nesse mesmo dia há um jogo de futebol da Liga dos Campeões no Estádio do Dragão.

O independente disse também não ter prolongado a medida até ao próximo ano porque, ao tratar-se de um encargo plurianual, teria de ser votado pela Assembleia Municipal do Porto, o que prolongaria a disponibilização dos testes aos cidadãos.

Também a vereadora da Educação, Juventude e Desporto da Câmara do Porto, Catarina Araújo, esclareceu já terem sido feitas “consultas preliminares ao mercado”.

“Atendendo à urgência, o que fizemos foi consultas a quem nos podia prestar este serviço. A formalização dos contratos aguarda a deliberação, no sentido de podermos avançar”, observou.

A covid-19 provocou pelo menos 5.249.851 mortes em todo o mundo, entre mais de 264,78 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.537 pessoas e foram contabilizados 1.166.787 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.