Desde maio, 20 empresas e organizações estão autorizadas a dirigir voos experimentais, além do limite de 450 metros estabelecido pelo governo indiano.

Entre as empresas, está a Throttle Aerospace Systems, que organizou na segunda-feira, no estado de Karnataka, voos de teste de dois drones. Um percorreu 20 km com uma carga de 1 quilo, e o outro, 15 km, com um pacote de dois quilos.

"A carga útil eram medicamentos (...) O drone percorreu 2,5 km em sete minutos, entregou os fármacos no local previsto e depois voltou ao ponto de partida", disse à AFP Sebastian Anto, cofundador da Throttle.

As fotos do projeto

O governo também iniciou uma licitação pública para empresas de drones, com a ideia de criar um projeto de envio de produtos médicos para reforçar a campanha de vacinação contra o coronavírus.

O diretor de epidemiologia do conselho indiano de pesquisa médica, Samiran Panda, destacou que a tecnologia pode ajudar na vacinação dos grupos prioritários em áreas de difícil acesso.

"A tecnologia dos drones terá um impacto enorme nas regiões afastadas", disse Vipul Singh, cofundador da empresa Aarav Unmanned Systems e da Drone Federation of India, em Bangalore.

Com 1,3 mil milhões de habitantes em um território de 3,2 milhões de quilómetros quadrados (o sétimo maior país em superfície do mundo), a Índia enfrenta uma onda agressiva de COVID-19 e acumula mais de 388.000 mortes desde o início da pandemia.