“Em 2021, contabilizaram-se 2.874 óbitos, mais 161 do que no ano precedente e mais 195 que em 2019. Relativamente a 2018, o número de óbitos aumentou 5,3% (+144 óbitos)”, salienta a Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM) no relatório “Em Foco”, que visa analisar os efeitos da pandemia de covid-19 na vida social e económica da região no ano passado.

Segundo a autoridade regional, o número de mortes em 2021 foi o mais elevado desde 1971, altura em que se registaram 2.905 óbitos.

Em média, morreram mensalmente 240 pessoas residentes na região, sendo janeiro o mês com maior registo de óbitos (312) e junho o menor (187).

“Em 2021, em média, verificou-se um excesso de mortalidade de 19 óbitos mensais relativamente aos cinco anos anteriores (média de 2016 a 2020), sendo esse excesso de mortalidade mais elevado em 2021 do que nos anos imediatamente anteriores”, indica a DREM no documento.

Já no que diz respeito à natalidade, o número de nados-vivos atingiu no ano passado um valor próximo ao observado após a crise económica e financeira anterior, mas foi o segundo mais baixo desde 1970.

Nasceram 1.744 crianças na Madeira em 2021, um número próximo do valor mais baixo desde 1970, registado em 2014 (1.739).

Em relação aos casamentos, aumentaram 41,5% face ao período homólogo, refere a DREM, sublinhando, no entanto, que também é “um dos valores mais baixos desde 1970”.

Por outro lado, o número de casos de covid-19 por 10.000 habitantes na Madeira era, no final de 2021, inferior à média nacional.

Na Madeira, esse número era de 860,9, enquanto a nível nacional registavam-se 1.365,8 casos por 10.000 habitantes, destaca a Direção Regional de Estatística.

A DREM realça também que a taxa de desemprego no quarto trimestre do ano passado (6,6%) foi a segunda mais baixa dos últimos onze anos e representa uma descida face ao período homólogo, quando atingiu “o valor mais elevado dos últimos quatro anos e meio (11,2%).

A taxa de desemprego registada no último trimestre do ano passado é, porém, superior à registada no primeiro trimestre de 2020 (5,9%), antes da pandemia de covid-19.

Relativamente ao movimento nos portos da Madeira, teve uma quebra de 52,7% no último trimestre de 2021 (113.738 passageiros) face ao mesmo período de 2019, “significando que a indústria de cruzeiros ainda está longe da recuperação completa”.

Também o turismo cresceu no ano passado em relação ao primeiro ano da pandemia, mas as dormidas continuam a ser 38,7% inferiores às de 2019.