"A Ordem dos Enfermeiros considera que se deve manter a prioridade de vacinar, da forma mais célere, os adultos e aguardar por mais informação científica relativa aos benefícios/efeitos sobre a vacinação das crianças e jovens entre os 12 e os 15 anos", refere a Ordem dos Enfermeiros em comunicado.

"Considerando a evidência científica à data e ponderado o facto de que os benefícios para o grupo etário pediátrico saudável parecem ser limitados, entende-se ser prudente aguardar por uma maior e mais robusta evidência científica quanto aos benefícios e efeitos a médio e longo prazo, antes de ser tomada uma decisão de vacinação universal deste grupo etário", lê-se no parecer da OE, que já foi enviado à DGS.

A pronúncia da OE, que foi emitida após ouvido o Colégio de Especialidade em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica, considera, porém, que no caso das crianças, com 12 anos ou menos, com comorbilidades associadas a risco elevado para a Covid, devem ser aconselhadas à vacinação pelo profissional responsável pelo seu acompanhamento, recordando a norma da DGS nº 002/2021, actualizada a 7 de Julho.

Para fundamentar o seu parecer, a OE recorda ainda que, actualmente, face à informação conhecida, a evidência parece indicar que "ao vacinar adultos se reduz o risco de exposição das crianças e adolescentes".

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.307 pessoas e foram registados 956.985 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A pandemia de COVID-19 provocou pelo menos 4.169.966 mortos em todo o mundo, entre mais de 194,6 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.