O primeiro-ministro cambojano, Hun Sen, recebeu pessoalmente cerca de 100 turistas, que ganharam buquês de flores assim que desceram da embarcação, após duas semanas a vaguear pelo mar em busca de um porto.

Esse primeiro grupo que desembarcou tinha voos de regresso para os seus países de origem oferecidos pela empresa operadora do cruzeiro.

A viagem do "Westerdam", com 2.257 passageiros, começou em Hong Kong a 1 de fevereiro e seu destino final era o porto de Yokohama, no Japão.

Mas as pessoas a bordo do navio foram proibidas de desembarcar no Japão, Taiwan, Filipinas, a ilha americana de Guam e Tailândia, por medo da contaminação pelo COVID-19, um vírus que já fez mais de 1.400 mortos na China continental.

Westerdam
créditos: AFP

O Camboja, um firme aliado da China e de quem recebe um enorme volume de ajuda anual, concordou com o desembarque no porto de Sihanoukville.

Hun Sen declarou que todos os passageiros serão autorizados a desembarcar assim que for verificado que não há nenhum caso do COVID-19 a bordo.

Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora

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Número de mortos volta a subir

A Comissão Nacional de Saúde da China reportou hoje 121 mortes, nas últimas 24 horas, pelo novo coronavírus, designado Covid-19, fixando em 1.380 o número total de vítimas mortais em todo o continente chinês.

Segundo a Comissão Nacional de Saúde, o número de infetados cresceu 5.090, para 63.581, na totalidade da República Popular da China, que exclui Macau e Hong Kong. Só a província de Hubei, centro da epidemia, registou 116 mortos, nas últimas 24 horas, fixando o total em 1.318, e registou 4.823 novos casos, segundo a Comissão Nacional de Saúde.

No entanto, um comunicado emitido ao início da manhã (hora local) na China pelas autoridades de Hubei fixou o numero total de mortos na província em 1.426.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A Comissão Nacional de Saúde informou ainda que entre os novos casos registados a nível nacional, 2.174 são graves, enquanto 1.081 pessoas receberam alta após superarem a doença.

Mais de 490.000 pessoas que estiveram em contacto próximo com pacientes estão a ser acompanhadas, segundo as autoridades.

Na quinta-feira, as autoridades passaram a utilizar um novo método de contagem, que inclui "casos clinicamente diagnosticados", mas que não foram ainda sujeitos a exame laboratorial e, portanto, ausentes até agora das estatísticas. No primeiro dia após a entrada em vigor do novo método, a China reportou aumentos recorde no número de mortos e infetados.

Os atrasos no diagnóstico do vírus podem ser significativos, já que muitos pacientes aguardam até uma semana pelos resultados dos exames em laboratório, que são enviados para Pequim. Permitir que os médicos diagnostiquem diretamente os pacientes permitirá que mais pessoas recebam tratamento, inclusive em vários hospitais construídos de raiz em Wuhan, capital de Hubei, especificamente para o tratamento de infetados com o Covid-19.

Para além do continente chinês, Hong Kong e as Filipinas reportaram um morto cada um e, embora trinta países tenham diagnosticado casos de pneumonia por COVID-19, a China responde por cerca de 99% dos infetados.

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