Apesar deste aumento no país de 40 milhões de habitantes com escassez de fármacos, médicos e hospitais, as autoridades anunciaram na terça-feira à noite uma flexibilização do toque de recolher introduzido algumas semanas antes.

Com 5.663 novos pacientes e 33 mortes nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde, o número de iraquianos infetados desde o surgimento do coronavírus no país, em fevereiro de 2019, alcança 768.352, incluindo 13.827 mortos.

Essas estatísticas são divulgadas diariamente pelo Ministério da Saúde, que indica que realiza cerca de 40.000 exames por dia, um índice muito baixo num país que possui várias cidades com mais de dois milhões de habitantes e onde a densidade demográfica é alta.

Além da falta de equipamentos médicos para tratar os pacientes - que geralmente preferem instalar um cilindro de oxigénio nas suas casas a ir para hospitais decadentes - o Iraque recebeu ao todo apenas 50.000 doses da vacina (da chinesa Sinopharm) na véspera da chegada do papa.

Bagdade gaba-se de ter um plano para comprar 16 milhões de doses, mas o Parlamento ainda não aprovou o orçamento de 2021.

De 5 a 8 de março, para a primeira visita papal da história ao Iraque, Francisco percorreu o país, celebrando orações e missas entre centenas de fiéis que se aglomeraram ao seu redor, e até mesmo num estádio cheio de milhares de pessoas em Erbil.

Nessas aglomerações, como na vida cotidiana, havia poucos iraquianos com máscara - e a recente introdução de uma multa não mudou isso.