Através da rede social Twitter, o serviço de Ajuda Humanitária da Comissão Europeia informou esta tarde que, “à medida que o surto se intensifica, o Mecanismo Europeu de Proteção Civil foi ativado após um pedido de França”, e falou no envio de dois aviões para repatriamento de cidadãos da UE.

Entretanto, em comunicado, o executivo comunitário indica que “a UE cofinanciará os custos de transporte das aeronaves”, sendo que “o primeiro avião está previsto para sair de França amanhã [quarta-feira] de manhã, enquanto o segundo sairá no final da semana”.

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Apesar de a medida vir no seguimento da ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil a pedido de França, a Comissão Europeia explica que “os cidadãos da UE presentes na região e que desejam ser repatriados podem solicitá-lo, independentemente da sua nacionalidade”.

“Os números iniciais indicam que cerca de 250 cidadãos franceses serão transportados na primeira aeronave e mais de 100 cidadãos da UE de outros países se juntarão à segunda aeronave”, precisa Bruxelas, notando que “este é um primeiro pedido de assistência e outros poderão surgir nos próximos dias”.

Para já, de acordo com o executivo comunitário, “apenas cidadãos saudáveis ou sem sintomas [do vírus] serão autorizados a viajar”.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

“O Centro de Resposta de Emergência da UE mantém-se em contacto constante com os governos dos Estados-Membros a fim de coordenar as chegadas e os possíveis períodos subsequentes de quarentena”, adianta a Comissão Europeia.

Depois da China, também as autoridades de saúde dos EUA anunciaram hoje estarem a desenvolver uma vacina contra o coronavírus de Wuhan.

Número de mortos continua a aumentar

A China elevou para 106 mortos e mais de 4.000 infetados o balanço mais recente do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Alemanha, Austrália e Canadá.

O presidente chinês, Xi Jinping, considerou nesta terça-feira (28) que o seu país trava uma importante batalha contra o "demónio" do novo coronavírus e pediu transparência nos esforços do governo para conter a epidemia.

"A epidemia é um demónio e não podemos deixar esse demónio escondido", afirmou Xi durante uma reunião com responsáveis da Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo a imprensa estatal.

"O governo chinês sempre teve uma atitude aberta, transparente e responsável na hora de divulgar informação para os nossos cidadãos e para outros países", acrescentou.

Situada no centro da China, a cidade de Wuhan foi colocada na semana passada sob uma quarentena de facto, com saídas e entradas interditas pelas autoridades durante período indefinido, apanhando os residentes de surpresa.

Naquela cidade estão já em construção dois novos hospitais para albergar os infetados.

A interdição foi depois estendida e toda a região de Wuhan encontra-se em regime de quarentena, situação que afeta 56 milhões de pessoas.

Vídeo explica como aeroportos estão a travar a proliferação do vírus