A água solarizada é uma prática atualmente comum e popular pelos seus alegados benefícios na saúde, porém não há evidência científica que comprove os seus benefícios terapêuticos.

Os efeitos relatados como a melhoria do humor, da ansiedade ou sono são atribuídos a crenças espirituais ou efeito placebo.

Não há estudos que comprovem a alteração da composição química da água ou do seu pH, nem absorção de nutrientes pela água devido à luz solar. Assim sendo, esta prática não se justifica pela melhoria da qualidade da água ou do seu potencial na saúde do individuo.

Aquilo que alguns estudos apresentam e que pode ter alguma base científica é a utilização de um método em países com escasso acesso a água potável, que utiliza um mecanismo com luz solar para eliminação de microrganismos potencialmente nocivos.

Realça-se assim, a importância da ingestão de água diariamente, independentemente de ser solarizada, pelo seu papel fundamental no organismo, nomeadamente, na regulação da temperatura corporal, no transporte de nutrientes e oxigénio, eliminação de toxinas, manutenção da saúde da pele, intestino, entre outros.

A quantidade recomendada varia consoante o peso, idade, temperatura do ambiente externo, no entanto, para a população adulta saudável recomenda-se uma ingestão mínima diária de 1,5 litros de água.

Um artigo de Catarina Sousa, nutricionista na Unidade de Dietética e Nutrição do Hospital Lusíadas Lisboa.