A batata-doce (Ipomea batatas), que é um tubérculo da mesma família das batatas comuns que utilizamos na nossa culinária, tem a sua origem na América Latina. É um alimento amiláceo de textura suave, rico em hidratos de carbono, que pode ser confecionado frito, cozido, assado a acompanhar pratos de carne e de peixe ou sob a forma de purés aromáticos. Depois da cenoura, que apresenta um rácio de 5600 mg/100 g, a batata-doce, com 3900 mg/100 g, é um dos alimentos mais ricos em caroteno, um precursor da vitamina A, que não só é útil para a saúde ocular.

Além de prevenir a cegueira nocturna, também exerce uma ação positiva nos fenómenos de regulação e proliferação celular, em particular dos glóbulos brancos, que são a primeira linha de combate a agentes patogénicos. Tal como a batata comum é também uma fonte privilegiada de fibra alimentar, vitamina C e potássio. Devido ao seu teor de carotenos e de pigmentos como as antocianinas, que têm propriedades antioxidantes, têm sido apontados potenciais efeitos preventivos de patologias como o cancro do cólon.

Os seus benefícios na redução dos danos provocados no fígado pelo consumo de bebidas alcoólicas também têm sido elogiados. No entanto, são necessários mais ensaios clínicos para esclarecer estas associações. Este alimento pode ser consumido por todas as pessoas de diferentes faixas etárias, nomeadamente crianças a partir do sexto mês de vida, sob a forma de puré. Não se conhecem interações com fármacos ou reações adversas resultantes do seu consumo

Texto: Miguel Rego (nutricionista)