Embora seja duas a três vezes menos frequente do que na mulher, a incontinência também atinge o sexo masculino. Em Portugal, são, em média, cerca de 190.000 os homens maiores de 15 anos afetados por perdas urinárias, como revelou um estudo da empresa de fabrico e comercialização de produtos de higiene absorventes Tena, realizado em 2008. Muitas vezes ligada a uma hipertrofia da próstata, o seu tratamento é feito à base de cuidados médicos.

Em 90% dos casos, pode ser curada ou reduzida de forma considerável. Com a idade, o volume da próstata tem tendência a aumentar, o que pode estorvar o fluxo de urina e provocar uma disfunção da bexiga. É a chamada hiperplasia prostática benigna (HPB), que afeta 50% dos homens a partir dos 50 anos. Por razões anatómicas, na maioria dos casos trata-se de uma incontinência por hiperatividade vesical.

Uma patologia que se traduz por uma vontade frequente de ir à casa de banho, jatos de urina fracos e repetidos ou gotas retardatárias. Menos frequente, a incontinência de esforço está, muitas vezes, ligada aos tratamentos do cancro da próstata. Independentemente da origem, tem uma taxa de prevalência de 5,4% nos homens, contra 13,1% nas mulheres, estimam investigações internacionais.

Sintomas

Para saber se tem sintomas de incontinência urinária, responda às seguintes perguntas:

- Tem urgência repentina em urinar?

- Precisa de urinar frequentemente?

- Precisa de se levantar durante a noite para urinar?

- Sente dor, desconforto ou sensação de ardor enquanto urina?

- Sente que nunca consegue esvaziar a bexiga completamente?

- Tem dificuldade para começar a urinar?

- Tem pequenas perdas de urina pouco depois de ter urinado?

- Tem sangue na urina?

- Tem um fraco fluxo de urina?

Caso detete algum destes sintomas, visite o seu médico de família para que este possa analisar as causas da incontinência urinária e recomendar o tratamento mais adequado para si. Este problema pode ser ultrapassado através de tratamentos à base de medicamentos ou por cirurgia.

Se estiver relacionado com danos nos tecidos do esfíncter, pode ser resolvido com sessões de reeducação esfincteriana. Muito raramente, perdas significativas poderão levar a considerar a colocação de um esfíncter artificial. Para saber mais sobre este problema, leia também as explicações do urologista Nuno Monteiro Pereira para este problema.

Como proteger-se

Independentemente do tratamento recomendado pelo seu médico, poderá proteger-se das perdas inesperadas de urina de forma simples e discreta. Existem atualmente no mercado produtos que asseguram uma proteção que permite continuar a aproveitar as atividades do dia a dia. Soluções desenhadas para se adaptarem à anatomia masculina e serem capazes de inibir o crescimento de bactérias responsáveis por maus odores.

Algumas delas possuem uma banda adesiva que impede que o penso saia do lugar, facilitando a total liberdade de movimentos e permitindo à pele respirar naturalmente, evitando o suor. Saiba também o que fazer quando a incontinência urinária afeta a vida sexual do casal.