Esta noite, ativistas do Climáximo encheram com cimento buracos do campo de golfe em Oeiras, protestando a desigualdade no acesso à água, e a responsabilidade acrescida da alta classe pela crise climática. Trocaram as bandeiras características por outras, onde se lê "Seca brutal, injustiça social!".

A ação surge após se verificar a semana mais quente desde que há registo, coincidente com uma vaga global de fenómenos climáticos extremos, e mais de 80% do território português estar em seca desde abril.

No comunicado do grupo lê-se: "A crise climática e a escassez de recursos vindoura irão acentuar desigualdades já existentes na nossa sociedade, onde 1% detêm a maior parte da riqueza, enquanto pessoas comuns lutam por uma vida digna. É urgente cortar emissões e gerir recursos com vista ao interesse público."

Segundo os relatórios das Nações Unidas, a este ritmo, afiguram-se no horizonte secas, incêndios, escassez alimentar, e ondas de calor que impossibilitam a vida em Portugal. O 1% é 72x mais responsável por emitir CO2 que a metade do mundo mais pobre. Não podemos mais tolerar os luxos dos ultra-ricos enquanto o planeta arde à sua conta, e a água comum escasseia.

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