"Do ventre", o auge do inverno, o primeiro sinal da primavera que se segue sente-se nesta lunação, final de janeiro início de fevereiro. Tempo de purgar e de nutrir.
As precisas e preciosas sementes criadas naturalmente no profundo Inverno, ainda no conforto, no quente e nutridor, no escuro do colo da Mãe Terra, começam agora outra transformação - o espreguiçar, a germinação, - e, a seu tempo irão emergir com a primavera e crescer ao longo das próximas lunações.
Mas agora é tempo de limpeza e purificação. É tempo de varrer as nossas casas, o nosso corpo, mente e espírito. É tempo de acender o fogo das velas ou da fogueira, dentro e fora. É tempo de limpar e transformar o que é para deixar ir, abrindo espaço ao crescimento, inspirações e novos começos ao longo do ano. Os dias começarão a aumentar, celebra-se a Luz que chega e cresce, dentro e fora. Que assim seja.
Poucas ou nenhumas são as palavras que me têm surgido para descrever ou ilustrar as danças dos Céus na Terra. Tenho precisado de me silenciar e fundir na Natureza e no tanto que está aqui.
"Numa dada altura, dizes aos bosques, ao mar, às montanhas, ao mundo: agora estou pronto. Agora vou parar e ficar completamente atento. Esvazias-te e aguardas, escutando", referiu Annie Dillard.
Muito irá ser falado e baralhado, mas, quanto a mim, no cerne da espiral evolutiva deste ano 2022 está e estará a tensão e o caos necessário à criação.
O ADN de 2022 é uma espiral de tempo com uma vibração tensa, de extremos e turbulência com grandes oportunidades de ir mais além, de transcender o que somos como humanos e humanidade. O caos que dará origem à criação da oportunidade do grande acordar espiritual, da abertura da consciência a um nível individual e global que fulminará numa acção pioneira como humanidade. Na forma como nos observamos, curamos, trabalhamos, criamos, construimos, ligamos, vivemos e somos (como um e como um todo).
Humanidade. Um anel de tempo duro e exigente muito necessário ao NOVO. A responsabilidade de amadurecermos como humanidade com a aprendizagem, reciclagem e integração de todo um ciclo passado para um novo emergir. o agora.
Um doce e forte abraço.
CORAGEM e AMOR.
Nádia NadZka
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