Esta segunda-feira, Carlos Cruz regressou ao pequeno ecrã para uma conversa intimista conduzida por Manuel Luís Goucha para o programa das tardes da TVI.

Sereno, o antigo apresentador recordou o caso Casa Pia e falou sobre como o escândalo relacionado com abusos sexuais o transformou num "cidadão triste".

"Sobra um misto de homem e de cidadão. O homem é o mesmo, com os valores que sempre tive: verdade, justiça, e não traição, honestidade, frontalidade. Não se trata de uma sobra, trata-se de um edifício que sempre existiu", começou por dizer.

E continuou: "Depois há o cidadão. É um ser que é formado pela sociedade. Nós como cidadãos, tal como o poder, somos aquilo que fazem de nós e essa imagem não é totalmente verdade. O que me sobra como cidadão é uma pessoa triste, desiludida com o país, atraiçoado pelo país, marginalizado de alguma forma pelo país. Tudo fruto de um processo inventado, criado e inventado de forma a me destruir".

"Não sou revoltado, não sou vingativo. Sinto-me injustiçado. Sou um cidadão triste, mas um homem feliz porque vivo comigo próprio, gosto de mim próprio e vivo com a consciência totalmente tranquila"

Questionado se "acha que algum dia se saberá a verdade em toda a sua dimensão", Carlos Cruz afirmou que não. "Tal como a morte do [John F.] Kennedy, nunca se saberá a verdade. Houve poderes que se movimentaram para construir uma verdade que foi vendida ao público pela comunicação social", acrescentou.

O antigo apresentador de televisão atirou ainda que acredita que "o único motivo pelo qual foi condenado em tribunal" foi o "julgamento na praça pública".

"Sou inocente, eu sei que sou inocente, as pessoas que me acusaram sabem que estou inocente, os juízes que me julgaram sabem que estou inocente e inventaram uma coisa inexistente que se chama ressonância da verdade para me condenar", rematou.

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