Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso manifestaram-se sobre o processo judicial iniciado pelos próprios há dois anos depois de uma mulher portuguesa, alegadamente, ter proferido insultos racistas contra os dois filhos dos atores brasileiros: Chissomo, de 10 anos, e Blessings, de de nove (recorde aqui as imagens).
Esta sexta-feira, 12 de abril, os artistas fizeram um comunicado em conjunto:
"Há quase 2 anos fizemos uma acusação no Ministério Público de Portugal após nossos filhos e um grupo de angolanos serem vítimas de racismo. Racismo é crime e não pode ser banalizado. Inicialmente pedimos que a autora dos crimes fosse enquadrada em crimes previstos no artigo 240 do Código Penal Português que prevê punição para discriminação e incitamento ao ódio e à violência. A denúncia não foi aceita, mas nunca desistimos.
Hoje, podemos comemorar porque o Ministério Público aceitou nossa acusação por difamação e injúria racial e superou uma questão teórica sobre onde enquadrar o crime perante a lei. Vencemos, mas ainda é um pequeno passo. Entretanto, acreditamos que, se este processo puder conscientizar em questões de combate ao racismo, o mundo poderá, quem sabe um dia, ser mais igualitário. O próximo passo será o julgamento da racista. Esperamos voltar em breve para contar outra vitória. Porque acreditamos!
Agradecemos aos advogados portugueses Rui Patrício, Catarina Martins Morão e Teresa Sousa Nunes que permanecem ao nosso lado para que a justiça reconheça o racismo como um crime – um crime que discrimina, que fere a autoestima e não permite que pessoas negras tenham oportunidades. Um crime que mata em qualquer parte do mundo. E a gente precisa construir uma sociedade que entenda que o racismo não pode ser tolerado, nem em forma de ódio disfarçada de piada".
Recorde-se que o caso aconteceu em julho de 2022. Adélia Barros, nome da arguida, é acusada de ter feito comentários racistas, entre eles "seus pretos, voltem para África!", conforme foi repercutido pelos pais das crianças. O momento teve lugar no Clássico Beach Bar by Olivier, na praia de São João, na Costa da Caparica.
O Notícias ao Minuto está a tentar apurar a situação junto do Ministério Público.
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