O governante angolano falava à imprensa à margem do seminário sobre o Mapeamento de Riscos com Impacto na Saúde Pública, que hoje arrancou em Luanda e decorre até quinta-feira, com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Franco Mufinda disse que o país registou um surto epidémico de malária em todo o país, que afetou com maior gravidade crianças.

“Mas estamos a conseguir dar resposta à malária. Estamos a falar de quatro milhões de casos e pouco mais de 5.000 óbitos”, referiu o governante, salientando que diariamente tem sido analisada a situação epidemiológica com os gabinetes provinciais de saúde, que partilham informação sobre a situação no terreno.

Segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública, apesar da atenção à pandemia da covid-19, o Governo conseguiu já realizar a aquisição de medicamentos que está a distribuir às unidades sanitárias, bem como testes rápidos para testar e tratar.

“Isso ajuda-nos muito neste momento a termos menos casos graves e a evitar mais óbitos”, disse o governante, lembrando que a situação foi grave no Huambo, Benguela e também em Luanda.

“Nos finais de semana e ao longo da semana estamos nos hospitais para medir a sensibilidade, orientando os colegas, pondo os meios [à disposição], para reduzir cada vez mais o impacto negativo da malária. A tendência é o declinar do processo, os casos baixaram muito”, afirmou.

“Recordo-me que quando fui ao Huambo encontrei uma sobrelotação do hospital, acima da capacidade, por aí 150%, hoje, de 300 doentes internados [no passado], estamos a falar de 56, isso para trazer uma imagem do que está a acontecer nas unidades”, acrescentou.

Além do Huambom Luanda também já reduziu muito a sobrelotação, prosseguiu Franco Mufinda, indicando que “sítios onde havia duas crianças ou até três a partilharem a mesma cama, hoje há camas vazias, isso é a expressão de que a resposta que se está a dar está a surtir efeito”.

A malária é uma doença endémica em Angola e a principal causa de morte no país.