Os casos sociais que permanecem internados nos hospitais depois de terem alta poderão ser encaminhados para equipamentos públicos, privados ou da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, uma alteração para libertar mais camas hospitalares do Serviço Nacional de Saúde.
A secretária de Estado da Inclusão disse hoje que existem 473 casos sociais internados nos hospitais públicos e referenciados através da plataforma de sinalização específica, não compreendendo o levantamento feito pelo Barómetro de Internamentos Sociais.
O Hospital Fernando Fonseca esclareceu hoje que o elevado número de camas ocupadas com casos sociais estrangula o serviço de urgência, onde os doentes permanecem mais tempo do que seria desejável à espera de vaga de internamento em enfermaria.
O ministro da Saúde revelou hoje que a transferência para instituições de doentes internados em hospitais por razões sociais avançou na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde a situação era “mais aflitiva”.
Os administradores hospitalares alertam para a urgência de reforçar a articulação com a Segurança Social, como aconteceu no início da pandemia, porque os internamentos sociais estão de novo a aumentar.
Mais de 1.500 camas dos hospitais públicos são ocupadas por pessoas que já tiveram alta, mas que se mantém internadas por falta de resposta extra-hospitalar, correspondendo a 8,7% dos internamentos, revelam dados da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH).