Vinte milhões de pessoas "necessitam desesperadamente de ajuda humanitária e sanitária", 15 milhões das quais estão nas regiões do norte afetadas pelo conflito em Tigray, alertaram hoje os representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Surafeal Mearig, de três meses, está desnutrido e indefeso no maior hospital da região de Tigray, devastada pela guerra na Etiópia. A sua mãe não o consegue alimentar e a unidade de saúde onde é assistido está sem comida para o poder manter vivo. ATENÇÃO: ALGUNS LEITORES PODEM ACHAR A IMAGEM PRESENT
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, natural do estado etíope de Tigray, apelou hoje às autoridades em Adis Abeba para garantirem o "acesso humanitário incondicional" à região onde nasceu, devastada pela guerra.
Cerca de 200 crianças morreram de fome na província de Tigray, norte da Etiópia e cenário de guerra há um ano, segundo um estudo conduzido por médicos e investigadores locais.
A falta de material médico na região etíope de Tigray está a ter consequências fatais, com pessoas a morrer devido a hemorragias após partos ou à ausência de equipamento de diálise, alertaram hoje as Nações Unidas.