Tem, no nome, um dos países da América Latina e é uma flor popular nas Caraíbas. Por cá, é no arquipélago da Madeira que ornamenta (muit)os jardins à beira-mar. Não é um jasmim verdadeiro e nem sequer pertence à família dos jasmineiros. É irmão dos frangipanes mas é mais pequeno e as flores não são aromáticas, ao contrário do que sucede com as da Plumeria rubra. Apesar destas desvantagens, este arbusto semilenhoso, que não ultrapassa os três metros de altura, é muito popular.

Para além de ser esteticamente bonito, o jasmim-da-venezuela goza de enorme popularidade nos jardins das Caraíbas e nos da Flórida, nos Estados Unidos da América. As folhas parecem grandes colheres e as flores brancas com o centro amarelo dispõem-se em vistosos buquês nas extremidades dos ramos. Nativo de regiões com clima tropical, adapta-se a ambientes subtropicais, desde que disponha de solo rico em matéria orgânica, uma boa exposição solar e regas frequentes nos meses secos.

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Podendo ser plantado isoladamente, em pequenos maciços ou em sebes, o que acaba por ser uma vantagem. A sua introdução na Madeira é recente, apesar deste especimen botânico ainda ser pouco conhecido. No entanto, possui valor ornamental para ser cultivado com sucesso nos próximos anos nos jardins à beira-mar na vertente sul da ilha. Neste arquipélago, floresce várias vezes ao longo do ano, mas até agora não observei qualquer fruto. Sem frutos e, consequentemente, sem sementes, a multiplicação faz-se por estacas extraídas dos ramos, em março e abril.

Durante dois ou três dias, após o corte, as estacas devem ficar num local sombrio, para libertarem a seiva branca. Só depois de enxutas é que podem ser colocadas no solo, em ambiente de meia-sombra. Se tudo for bem feito, passado um mês começarão a surgir as primeiras folhas da Plumeria pudica, o nome científico do jasmim-da-venezuela. Esta variedade botânica, da família das Apocynaceae, da ordem das Gentianales e da classe das Magnoliopsida, também é muito comum nos jardins do Panamá.

Texto: Raimundo Quintal