Segundo o estudo, 26% dos portugueses planeiam ir de férias até agosto e 37% ainda não sabem se aproveitarão ou não estes primeiros meses pós-pandemia para o descanso de verão, o que pode significar que estão ainda a certificar-se de que estão reunidas as condições para poderem fazê-lo já ou se o farão mais tarde.

De acordo com o inquérito realizado pelo Observador Cetelem, é possível perceber que são os inquiridos entre os 25 e 34 anos e os trabalhadores por conta de outrem que avaliam a sua situação como “Boa”, os que mais revelam intenção de ir de férias durante estes primeiros meses de regresso.

Em relação ao destino de férias, 97% admitem ficar por terras nacionais, seguramente devido à situação pandémica que o país e o mundo atravessam e devido à incerteza que ainda existe sobre fronteiras.

A praia é a escolha de 67% dos inquiridos, seguidos de 27% que mostram preferência pelo campo. Esta é a escolha preferida entre os indivíduos entre os 65 e os 74 anos (84%). 34% dos portugueses escolhem passar as suas férias de verão na cidade.

Mais de metade dos portugueses (64%) pretendem fazer férias fora da sua residência principal. As casas alugadas, secundárias ou de familiares são a escolha da maioria para ficar hospedado (74%). 7% dos inquiridos nacionais referem preferir ficar hospedados num alojamento de turismo rural e 5% mencionam os hotéis.

A maioria dos portugueses que vão de férias, porém, não pretende fazer reservas (70%) – um sinal de que o contexto ainda é incerto para os consumidores, que estarão a deixar decisões para última hora. No entanto, entre os que escolhem fazer reservas, 16% indicam fazê-las através das plataformas online, 8% recorrem a agências de arrendamento de casas e 2% recorrem às agências de viagens online ou similares.

Relativamente às despesas em férias, em média, os portugueses pretendem gastar em média cerca de 900 euros, menos 32% face a 2019, o que representa menos 450 euros no orçamento dedicado às férias. Os que tencionam ficar na sua residência não esperam gastar mais de 320 euros. 

O inquérito quantitativo do Observador Cetelem 2020 foi realizado pela empresa de estudos de mercado Nielsen. Este teve por base uma amostra representativa de 1000 indivíduos residentes em Portugal Continental, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos de idade. A amostra total é representativa da população e está estratificada por distrito, sexo, idade e níveis socioeconómicos e conta com um erro máximo associado de +/- 3.1 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%. As entrevistas foram realizadas telefonicamente (CATI), com informação recolhida por intermédio de um questionário estruturado de perguntas fechadas. O trabalho de campo foi realizado entre 20 de maio e 1 de junho de 2020.