Ana Garcia Martins foi uma das (muitas) figuras públicas que reagiu à morte de Diogo Jota, de 28 anos, e do irmão André Silva, de 25.

A 'Pipoca Mais Doce', como também é conhecida refletiu sobre o processo de luto, uma dor que sentiu na pele quando era jovem, depois da morte inesperada do irmão mais velho.

"Ouvia há pouco, na televisão, o Marco Caneira a dizer que para a família do Diogo J. e do André Silva, este é o melhor dos piores dias. O Marco sabe do que fala, perdeu uma filha há alguns anos. Nunca tinha pensado nisto desta forma, 'o melhor dos piores dias', mas é isto", começa por refletir.

"Quando se perde alguém, sobretudo desta forma, o choque funciona como uma espécie de anestesiante. Há a incredulidade, a negação, a dor também, claro, a espaços, mas é tudo tão inverosímil que não se consegue perceber, de imediato, a verdadeira dimensão da tragédia. E depois há as burocracias, a escolha de coisas que nunca pensámos ter de escolher, o conforto de muita gente à nossa volta, as conversas de circunstância, um corpo que dá uma falsa sensação de presença. Ainda está ali. De alguma forma, ainda está ali. E tudo isto distrai-nos, quase que parece que não é a nós que está a acontecer, somos só os espectadores do pesadelo de alguém", continua.

"Mas depois vem o depois. A chegada a casa, o silêncio horrível, o olhar à nossa volta e sentir que, estando tudo no mesmo sítio, está tudo irreconhecível, o tentar pensar como será a vida dali a um ano, a dois, a vinte, quando não se consegue imaginar sequer como sobreviver aos próximos cinco minutos. A ausência insuportável, os ses, os porquês, a cabeça a dar voltas sem parar, o que é que podia ter sido diferente, o que é que podíamos ter feito de diferente. O dia de hoje é horrível, mas é o melhor dos piores", completa.

Uma dor que Ana Garcia Martins já sentiu

Recorde-se que a influenciadora digital ficou de luto pela morte do irmão mais velho, que perdeu a vida aos 22 anos num acidente de carro perto de casa. Na altura, Ana tinha 18 anos.

"Há revolta e injustiça, sobretudo porque é um acidente de carro. É acordares a meio da noite com uma chamada para os teus pais a dizer que o teu irmão morreu num acidente a um quilómetro de casa", afirmou numa entrevista que deu a Daniel Oliveira, no 'Alta Definição', em 2023.

"Vi-me ali, miúda, com 18 anos, sem saber quem amparar primeiro. Não tinha a mínima maturidade para lidar com aquilo que estava a acontecer", notou.

Diogo Jota e André Silva morreram na madrugada desta quinta-feira (3 de julho) num acidente de carro perto de Palacios de Sanabria, sentido Benavente, em Espanha. Há suspeitas de que o despiste tenha sido causado pelo rebentamento de um pneu, contudo, as causas oficiais do acidente ainda estão por apurar.