Os passeios de cavalo ou camelo são atualmente uma realidade na zona arqueológica das pirâmides de Gizé.

Esta situação vem sendo apontada já há bastante tempo como sendo abusiva para os animais, nomeadamente pela organização não governamental de defesa dos animais PETA Asia.

A notícia foi grandemente celebrada por esta organização que tem vindo a denunciar casos de intensa exploração dos animais no Egito, forçados a carregar os turistas nas suas costas debaixo de um calor abrasador, durante horas a fio, muitas das vezes sem água ou comida.

O problema não se ficava apenas por aqui, como denunciou a PETA Asia, com os animais a serem maltratados pelos vendedores no Birqash Camel Market, no Cairo.

A organização recolheu imagens destas situações abusivas, originando a abertura de um processo por parte da Sociedade para a Proteção dos Direitos dos Animais no Egito (SPARE) contra os vendedores de camelos do mercado, o conselho municipal, o Ministério de Meio Ambiente, o Ministério da Agricultura e a Administração de Gizé.

A par disto foi lançada uma petição para que o governo do Egito agisse contra a exploração destes animais, que recolheu mais de 500.000 assinaturas.

Estes esforços conjuntos traduziram-se numa grande vitória com o governo egípcio a anunciar a proibição futura desta prática, oferecendo em alternativa aos turistas a deslocação pela área de Gizé em carros ou autocarros elétricos.

Esta medida insere-se no programa Gizé 2030 cujo objetivo é a melhoria das condições para o turismo nesta zona arqueológica, bem como a prática de um turismo mais responsável e sustentável.

O programa inclui ainda o desenvolvimentos de melhores acessos às principais atrações turísticas e a abertura do Grande Museu Egípcio, entre outras ações.

Enquanto aguardamos que todo o prometo esteja concluído, celebramos este que é já um grande passo em direção a um futuro mais ético e sustentável.