Quatro mulheres dizem ter sido sexualmente agredidas pelo comediante Russell Brand, de acordo com uma investigação conjunta de várias publicações britânicas.

Segundo a investigação, os factos terão ocorrido num período de sete anos, entre 2006 e 2017.

As acusações contra o ator envolvem alegados casos de violação e abuso emocional. Uma mulher contou ao Sunday Times que foi vítima de violação por parte do ator, de 48 anos. O crime terá acontecido na casa do ator, em Los Angeles, no estado norte-americano da Califórnia. A mulher diz ter sido assistida no mesmo dia e que lhe enviou uma mensagem na qual dizia que tinha tido medo e que lhe se tinha aproveitado dela, e onde também se leria: "Quando uma rapariga diz não, é não". Segundo a mesma, o ator terá respondido com um pedido de desculpas.

Uma outra mulher relatou que teve uma relação com o ator quando tinha 16 anos. Na altura, Russell Brand teria 31. Segundo a mesma, a relação durou três meses e o ator referia-se a ela como "a criança".

O Sunday Times adianta ainda a história de outra mulher, que foi vítima de abuso sexual. O ator ter-lhe-á dito que iria agir judicialmente contra ela se esta contasse a alguém. Uma 4ª mulher também conta a história dos alegados abusos do ator.

A investigação refere ainda que há outras mulheres que também têm alegações semelhantes contra o ator, referindo que as quatro que contam a sua história não se conhecem.

Ator já negou estas "sérias alegações criminosas"

Ainda antes de a investigação ser publicada, este sábado, o ator negou que tenha cometido estes crimes. Num vídeo publicado na sexta-feira à noite, e depois de ter sido contactado pelos média, Russell Brand notou que as suas relações sempre tinham sido consensuais e negou sérias alegações criminosas" sobre a sua vida pessoal.

O ator refere que, tal como já referiu nos seus livros, houve uma altura em que trabalhava no meio e que era "muito promíscuo", mas continuou: "Durante esse tempo de promiscuidade, as relações que eu tive foram sempre consensuais. Fui sempre transparente sobre elas - talvez demasiado transparente - e agora também estou a sê-lo", referiu.

“Ver essa transparência metastatizada em algo criminoso, o que nego absolutamente, faz-me questionar: há outra agenda em jogo?".

Assista ao vídeo abaixo: