Aquele que é chamada localmente como “São João das chouriças”, retorna à terra fria transmontana, em mais uma Feira do Fumeiro de Montalegre. Em 2021, a 30ª edição, chega em versão digital, adaptada aos tempos de confinamento que vivemos.

Nesse sentido, de acordo com a autarquia, “todo o foco está dirigido para a plataforma online onde os interessados podem adquirir todo o produto desejado”.

“A Câmara de Montalegre e a Associação de Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã assinam a mesma garantia de qualidade, rigor e segurança alimentar”, sublinha o município transmontano no seu site.

O desafio online, promovido pelo município e pela Associação de Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã, reúne não só os diversos produtores, como também possibilita a aquisição do produto. “Estamos perante uma plataforma simples, intuitiva e eficaz. Os produtores podem gerir a sua loja online com gestão de stock e vendas”, adianta a autarquia.

Também foi desenvolvido um sistema de comunicações e alertas de forma a garantir que toda a informação seja correspondida. “O processo é acompanhado pelos técnicos da Associação de Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã de forma a garantir qualidade no serviço prestado, desde o processo da compra, embalamento e entrega ao cliente”, indica a mesma fonte.

A propósito do fumeiro local, diz-nos o município de Montalegre tratar-se de “matéria-prima selecionada com um processo lento de maturação, com temperos naturais - sem aditivos - e fazendo a fumagem com lenha dos carvalhos seculares do Barroso; confere aos produtos o cheiro e o paladar que os caracteriza e os torna simplesmente diferentes”.

Sobre as origens do certame, “tradicionalmente, só os ´pobres` vendiam os presuntos e as chouriças produzidas em casa, na maioria das vezes de forma escondida. Os produtores que poderiam dispensar fumeiro para venda sentiam-se envergonhados em fazê-lo publicamente. A partir do terceiro ano alguns produtores começaram a permitir que o seu nome fosse colocado nos rótulos dos produtos. Contudo, a partir do quinto ano de edição alguns produtores mostraram-se disponíveis para estarem presentes na Feira do Fumeiro a fim de eles próprios venderem o seu fumeiro, enquanto, em espaço diferenciado, a Câmara de Montalegre continuava a vender o fumeiro daqueles que continuavam a não querer assumir a venda”, adianta a autarquia.