"Registamos alguns casos preocupantes de propagação do #2019nCoV em pessoas sem histórico de viagens à China", escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus no Twitter, usando o nome científico do vírus.

"A deteção de um pequeno número de casos pode indicar uma transmissão mais generalizada em outros países. Em resumo, podemos estar a ver apenas a ponta do iceberg", acrescentou.

Tedros advertiu ainda que a extensão do vírus fora da China pode acelerar. "A contenção continua a ser nosso objetivo, mas todos os países devem utilizar a janela de oportunidade criada pela estratégia de contenção para se preparar para a possível chegada do vírus", destacou.

Fora da China já foram registadas mais de 350 infeções em quase 30 países e territórios. Duas mortes aconteceram fora da China continental, uma nas Filipinas e outra em Hong Kong.

Vários países fecharam as fronteiras a pessoas procedentes da China e as principais companhias aéreas do mundo suspenderam os voos para o país.

A missão da OMS na China é liderada por Bruce Aylward, um veterano em crises sanitárias que entre 2014 e 2016 supervisionou a resposta da organização ao vírus ébola no oeste de África.

A OMS reconheceu que recentemente ocorreu uma "certa estabilização" no número de novos casos de coronavírus, mas destacou que é muito cedo para saber se a epidemia chegou ao seu nível máximo.

O novo coronavírus surgiu na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, centro da China, onde milhões de pessoas estão confinadas nas suas casas para evitar a propagação da doença.

Veja o vídeo explicativo sobre a transmissão do vírus entre animais e humanos

Veja a expansão do coronavírus em imagens

Veja em baixo o mapa interativo com todos os casos de coronavírus confirmados

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.