A celulite, ou lipodistrofia ginóide, caracteriza-se pelo aspeto ondulado da pele, sobretudo nas coxas e glúteos, devido à interação entre gordura subcutânea, septos fibrosos e alterações microcirculatórias. Mas será que o exercício físico ajuda a melhorar este problema tão frequente nas mulheres? A resposta é: sim, mas com limites.

O exercício não “elimina” a celulite, mas pode melhorar a sua aparência. Porquê? Primeiro, porque ao praticar exercícios aeróbicos e de força/musculação, há redução da gordura corporal total, incluindo a zona afetada com celulite.

Depois, o treino de força aumenta o tónus muscular, conferindo maior firmeza e reduzindo a flacidez, o que torna a pele mais lisa. Além disso, o exercício melhora a circulação sanguínea e linfática, ajudando a drenar líquidos retidos que agravam o aspeto da celulite.

Porém, é importante saber que, mesmo pessoas magras ou atletas podem ter celulite, já que fatores hormonais (como o estrogénio), genéticos e a estrutura natural dos septos fibrosos femininos influenciam esta condição. Assim, o exercício físico é um aliado importante, mas não elimina completamente a celulite.

Para resultados mais evidentes, deve ser combinado com alimentação equilibrada, hidratação, ou procedimentos médicos específicos como o protocolo GoldIncision.

Concluindo, embora o exercício físico melhore a composição corporal, tonicidade e circulação, não remove os septos fibrosos nem reorganiza completamente a arquitetura do tecido subcutâneo, pelo que os seus benefícios são sobretudo parciais e complementares em protocolos de tratamento da celulite.

Um artigo de Rita Valença, médica especialista em Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética.