Hoje em dia, Alexandra Silva já não faz nenhum tipo de tratamento, faz consultas de vigia de seis em seis meses. Em 2014, submeteu-se a uma cirurgia de remoção dos ovários por ser portadora da mutação genética dos genes BRCA 1 e BRCA 2, o que confere maior probabilidade de cancro da mama e do ovário.

Alexandra teve carcinoma da mama, assim como a mãe, a avó e a tia. Também a irmã de Alexandra, Juliana Silva, fez uma dupla mastectomia por ser igualmente portadora da mutação genética que aumenta a predisposição para ter cancro.

Dez anos depois do diagnóstico inicial, Alexandra Silva sente-se com saúde, mas não saudável.

Dos dias em que esteve doente, recorda a crueldade de algumas pessoas, mas também os "momentos bons" que a patologia lhe proporcionou.

Diz que hoje é uma pessoa mais fria, mais impaciente e mais desorganizada, mas também mais relaxada. Aprendeu a viver a vida de forma mais intensa, admite.

É na música, no marido, na família, nos livros e nas gatas de estimação que procura energia todos os dias para enfrentar um medo que permanece: o de voltar a ter cancro. Mas para quem enfrenta a doença, deixa um conselho: "A palavra de ordem é lutar. Acredita!"

O SAPO entrevistou Alexandra Silva em 2012 a propósito do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro. Reveja aqui a primeira entrevista.

Veja ainda: Os sintomas de cancro mais ignorados pelos portugueses

Saiba tambémAs frases que nunca deve dizer a uma pessoa com cancro