Os infetados com o SARS-CoV-2 assintomáticos impulsionam "silenciosamente" a propagação da pandemia e contrariam os esforços para a mitigar, por isso controlar estes doentes é a 'chave' para conter a covid-19, e acordo com especialistas da Universidade de Georgetown.

De acordo com as declarações de Angela Rasmussen e Saskia Popescu para a revista científica Science, apesar de as vacinas estarem cada vez mais disponíveis não são suficientes para por si só acabar com a pandemia.

"Até haver uma aplicação generalizada de medidas epidemiológicas e de vigilância sólidas que nos permitam apagar estes fogos sem fumo [os assintomáticos], a pandemia não poderá ser extinta por completo", destacaram estas autoras.

Determinar a verdadeira capacidade de transmissão dos infetados assintomáticos é "intrinsecamente complexo, mas as lacunas de conhecimento não deveriam impedir" o reconhecimento do "papel que têm na propagação do SARS-CoV-2", escreveram.

As vacinas "são magnificas" na proteção contra a sintomatologia grave, mas ainda não informações que permitam avaliar o impacto que a inoculação na contenção da disseminação.

Por isso, estas duas especialistas da Universidade de Georgetown, em Washington (Estados Unidos), sugerem que controlar a propagação feita pelos doentes assintomáticos, por intermédio de rastreamento e medidas sanitárias eficazes, é fulcral para acabar com a pandemia.