Chemsex é a contração do inglês "chemical sex", que significa sexo químico. Trata-se de uma prática sexual que pode provocar danos físicos e emocionais. Nasceu na Holanda e leva pessoas a tomar drogas, como anfetaminas, para fazer sexo durante períodos alargados de tempo.

A Câmara Municipal de Madrid tornou agora o "chemsex" uma questão de saúde pública, já depois de Barcelona o ter feito em setembro. O organismo público apresentou esta quinta-feira o Plano de Adições 2017-2020, que prevê investir cerca de 117 milhões de euros para tratar esta e outras dependências.

Segundo o jornal El País, as verbas destinam-se ao tratamento de viciados em "sexo químico", mas também ao aumento dos programas contra dependências como a toxicodependência ou a ludomania (vício do jogo).

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Um estudo publicado em 2015 no British Medical Journal (BMJ) explica que o chemsex é praticado normalmente em festas e orgias, onde o sexo é misturado com drogas, como mefredona, cristais e GHB, para que dure horas ou até dias.

Estas substâncias são consumidas para reduzir as inibições e aumentar o prazer. As drogas aceleram a frequência cardíaca e a pressão arterial, podendo ter graves efeitos na saúde mental - aumento do risco de psicose, de tendências suicidas e ataques de pânico.

Segundo os investigadores do BMJ, o risco de exposição a doenças sexualmente transmissíveis - como SIDA, gonorreia, sífilis ou hepatites - aumenta devido à redução da percepção do perigo provocada por estas drogas.