Portugal regista esta quinta-feira mais 65.706 casos de COVID-19 - um novo recorde diário - e 41 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 19.744 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 2.443.524 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 23.498 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.865.651 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 42% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.323 (+17), seguida do Norte com 6.004 óbitos (+15), Centro (3.469, +4) e Alentejo (1.116, +3). Pelo menos 622 (+2) mortos foram registados no Algarve. Há 154 mortes (=) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 56 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos registam descida

Em todo o território nacional, há 2.249 doentes internados, menos 64 face ao valor de ontem, e 147 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos sete em relação ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 558.129 casos ativos da infeção em Portugal — mais 42.167 do que ontem — e 573.235 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 26.878 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região do Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 932.779 (+27.594), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (910.810 +18.590), da região Centro (336.655 +11.430), do Algarve (93.525 +2.883) e do Alentejo (81.018 +2.713).

Nos Açores existem 28.113 casos contabilizados (+1.552) e na Madeira 60.624 (+944).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 5.728,4 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,17. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,18. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.769 registadas (+23) desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.288, +10), entre 60 e 69 anos (1.821, +7) entre 50 e 59 anos (588, =), 40 e 49 anos (201, =) e entre 30 e 39 anos (53, +1). Há ainda 18 mortes registadas (=) entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.383 são do sexo masculino e 9.361 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 423.108 infeções (+12.641), seguida da faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 389.055 (+8.683), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 383.983 (+11.282). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 312.781 reportadas (+5.708). A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 299.961 (+10.858), entre os 0-9 anos soma 231.239 (+10.159) e a dos 60 e os 69 anos tem 189.827 infeções reportadas (+3.137) desde o início da pandemia.  Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, com 110.005 (+1.837) casos, e dos 80 ou mais anos, que totaliza 103.565 (+1.401) infeções.

Desde o início da pandemia, houve 1.145.045 homens infetados e 1.296.120 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.359 pessoas.

Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Mundo regista novo recorde de infeções com 3,84 milhões de casos

O mundo registou um novo recorde de infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, com 3,84 milhões de casos positivos, apesar da curva de contágios indicar que a propagação da variante Ómicron está a desacelerar, foi hoje divulgado.

Segundo referiu a Organização Mundial da Saúde (OMS), nenhuma das vagas anteriores da pandemia de covid-19 ultrapassou um milhão de casos diários.

A agência das Nações Unidas revelou que a variante Ómicron está a avançar de modo exponencial, embora os casos estejam a crescer a uma velocidade mais lenta: cerca de 5% na semana passada, 20% na anterior e 55% na semana prévia.

Desde o início da pandemia, há dois anos, os casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 confirmados pela OMS totalizaram 356 milhões (equivalente a 5% da população mundial) e mais de 5,6 milhões de pessoas morreram devido à doença covid-19.

Cerca de 90% dos casos de covid-19 analisados pela rede global de laboratórios GISAID - associada à OMS – são da variante Ómicron do novo coronavírus, enquanto a variante Delta, que era dominante em 2021, corresponde aos restantes casos e continua em declínio.

A atual onda de infeções não tem sido acompanhada por mais mortes, embora tenham sido confirmadas 9.000 vítimas mortais nas últimas 24 horas, um valor ligeiramente superior à média dos últimos três meses, que oscilou entre 5.000 e 8.000 mortes por dia.

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