Portugal regista esta terça-feira mais 2.076 casos de COVID-19 e 19 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 17.397 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 974.203 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 4.368 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há 909.330 doentes recuperados da doença em Portugal desde março de 2020.

A região de Lisboa e Vale do Tejo, com 799 novos infetados, é a área do país com mais novas notificações, num total de 38,4% dos diagnósticos.

Boletim 3 de agosto
créditos: DGS

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.428 (+10), seguida do Norte com 5.437 óbitos (+5), Centro (3.046, +2) e Alentejo (983, +1). Pelo menos 393 (+1) mortos foram registadas no Algarve.

Há 38 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se 72 óbitos (=) associados à doença.

Internamentos a descer

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Em todo o território nacional, há 945 doentes internados, menos 23 do que ontem, e 204 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais um do que na segunda-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 47.476 casos ativos da infeção em Portugal — menos 2.311 que ontem — e 72.367 pessoas em vigilância pelas autoridades — menos 1.804 que no dia anterior.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 380.669 (+799), seguida da região Norte (377.380, +720), da região Centro (130.405, +274), do Alentejo (34.011, +121) e do Algarve (33.452, +120).

Nos Açores existem 7.603 casos contabilizados (+19) e na Madeira 10.683 (+23).

O que nos diz a matriz de risco?

Matriz de risco 2 de agostp
créditos: DGS

Portugal apresenta uma incidência de 394,6 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - inferior aos 419,2 casos de há dois dias - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 0,94, inferior aos 0,98 de sexta-feira.

No território continental, o R(t) também está nos 0,94. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.381 (+12) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.721, +1), entre 60 e 69 anos (1.579, +2) entre 50 e 59 anos (489, +2), 40 e 49 anos (166, +2) e entre 30 e 39 anos (45, =).

Há ainda 12 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos (=), duas entre os 10 e os 19 anos (=) e duas entre os 0 e os 9 anos (=).

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.130 são do sexo masculino e 8.267 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 160.205 casos (+248), seguida da faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 151.935 infeções (+451), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 144.479 (+346). Logo depois surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 136.995 infeções reportadas (+181).

A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 97.647 casos (+423) e entre os 60 e os 69 anos soma 92.984 (+121).

Balanço mundial

A pandemia de COVID-19 fez pelo menos 4.234.618 mortos em todo o mundo desde que a OMS detetou a doença na China em finais de dezembro de 2019, segundo o balanço da AFP com base em dados oficiais.

Mais de 198.815.960 casos de infeção foram diagnosticados globalmente desde o início da pandemia.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Estes valores têm como base os balanços comunicados diariamente pelas autoridades sanitárias de cada país, excluindo as revisões realizadas posteriormente por alguns organismos responsáveis pela elaboração de estatísticas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima, tendo em conta a mortalidade direta e indireta ligada ao COVID-19, que os números dos balanços sobre a pandemia podem ser duas ou três vezes mais elevados do que aqueles que são oficialmente recenseados.

Um número significativo de casos menos graves ou assintomáticos continua por detetar, apesar da intensificação dos testes de despistagem em vários países, a nível global.

Na segunda-feira registaram-se mais 8.102 mortes e 593.705 novos casos em todo o mundo.

Os países que registaram o maior número de mortes nos relatórios mais recentes são a Indonésia com mais 1.568 mortes, Rússia (788) e Índia (422).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em relação ao número de mortes e casos de infeção, com 613.679 óbitos e 35.131.438 casos, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 557.223 mortes e 19.953.501 casos, a Índia com 425.195 mortes (31.726.507 casos), o México com 241.279 mortes (2.861.498 casos) e o Peru com 196.518 mortos (2.114.445 casos).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que apresenta o maior número de mortes em relação ao total da população, com 596 óbitos por 100.000 habitantes, seguido da Hungria (311), Bósnia (295), República Checa (284) e Macedónia do Norte (264).

A América Latina e as Caraíbas totalizaram, até às 10:00 de hoje, 1.376.894 mortes e 40.962.276 casos, Europa 1.204.827 mortes (58.693.124 casos), Ásia 678.005 mortes (45.130.395 casos), Estados Unidos e Canadá 640.279 mortes (36.563.046 casos), África 171.764 mortes (6.778.156 casos), Médio Oriente 161.453 mortes (10.602.511 casos) e Oceânia 1.396 mortes (86.452 casos).

Este balanço foi realizado com base em dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da OMS.

Devido a correções feitas pelas autoridades ou devido à publicação tardia dos dados, os números relativos ao aumento em 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados na véspera