De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS), na segunda-feira foram confirmados três novos casos de Ébola na região sanitária de Butembo, Kivu Norte, na RDCongo.

Segundo a mesma fonte, os casos confirmados eram contactos do sexto caso que tinha sido notificado no país e estavam a ser seguidos.

Com esta notificação, são agora quatro as zonas do país com casos registados de Ébola: Biena, Butembo, Katwa e Musienene.

O total de casos confirmados é de 11, incluindo quatro mortes.

Na Guiné-Conacri foram notificados nos últimos dias dois novos doentes, elevando para 17 o número total de casos, incluindo sete mortes.

A Guiné-Conacri, que enfrenta o primeiro surto de Ébola em cinco anos, tem no terreno uma campanha de vacinação, tendo sido já imunizadas mais de 1.000 pessoas, entre doentes, contactos e seus contactos.

Os ministros da Saúde de seis países que fazem fronteira com a Guiné-Conacri estão hoje reunidos, na capital Conacri, para discutir os respetivos planos de resposta à epidemia de Ébola e evitar que alastre aos Estados vizinhos.

O Governo guineense confirmou a deteção do Ébola no seu território em 13 de fevereiro e no dia seguinte declarou oficialmente o primeiro surto no país após a grande epidemia de 2014 e 2016 na África Ocidental.

Aquela que foi a pior epidemia de Ébola da história surgiu neste país em finais de 2013, foi declarada em 2014 e prolongou-se até 2016, matando 11.300 pessoas e infetando mais de 28.500 na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa.

Outro surto de Ébola foi confirmado em 07 de fevereiro no nordeste da República Democrática do Congo, onde as autoridades lançaram oficialmente uma campanha de vacinação contra a doença em 15 de fevereiro.

O vírus Ébola é transmitido através do contacto direto com o sangue e fluidos corporais contaminados de pessoas ou animais.

Provoca febres hemorrágicas e pode atingir uma taxa de mortalidade de 90%.