Esses números podem também estar subestimados, já que os testes em nações devastadas pela guerra, como a Líbia e o Iémen, permanecem extremamente limitados.

O principal funcionário das Nações Unidas para a Líbia alertou, na quarta-feira, que a pandemia no país arrasado pela guerra parece estar a “sair do controlo”.

Os rebeldes Huthis do Iémen, que controlam a capital, Sanaa, e grande parte do norte, recusam-se a divulgar as estatísticas do vírus.

A nação mais atingida pelo vírus continua a ser o Irão, o primeiro a ser atingido por um surto na região. Mais de 21.900 pessoas morreram, com mais de 380.000 contágios e 328.000 recuperações.

Israel anunciou planos de impor bloqueios rígidos às cidades com grandes surtos, depois de reportar um relatório de 3.000 novos casos num único dia.

O país conteve o seu surto em grande parte na primavera passada, após impor medidas rígidas de bloqueio, mas as infeções dispararam após a economia ter sido abruptamente reaberta em maio.

O governo, que tem enfrentado críticas generalizadas pela forma como lidou com a pandemia, disse que novos bloqueios seriam impostos nas chamadas cidades “vermelhas”.

Israel relatou mais de 120.000 infeções e 985 mortes.

Os Emirados Árabes Unidos, que embarcaram numa campanha de testes em massa, tiveram o maior número diário de novos casos em mais de três meses, o que ocorreu quando as escolas reabriram e quando Dubai se voltou a promover como destino turístico. A federação reportou mais de 72.000 casos, incluindo 387 óbitos.

Para além do Médio Oriente, os números do Paquistão continuam a diminuir, o que confundiu as expectativas de meados de junho, quando até mesmo as autoridades previam um aumento massivo de casos. O país registou até agora mais de 297.000 infeções de 6.328 mortes.

No Afeganistão, o governo abriu instalações recreativas e a maioria dos negócios. Mas os especialistas temem que os números reais sejam muito maiores do que o número oficialmente relatado mais de 38.000 infeções e 1.409 mortes.

A pandemia de COVID-19 já provocou pelo menos 863.679 mortos e infetou mais de 26 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.