"Com o número de casos ativos conhecidos, à data, o Porto Santo torna-se num concelho com risco de transmissibilidade elevada, a par do Funchal, Câmara de Lobos e Ribeira Brava, o que nos causa grande apreensão e elevada preocupação", refere o presidente da autarquia, Idalino Vasconcelos, em comunicado.

De acordo com os dados mais recentes, a ilha do Porto Santo, com cerca de 5.000 habitantes, regista 15 infeções ativas, num total de 23 casos confirmados desde 16 de março de 2020.

Idalino Vasconcelos espera, por isso, que o Governo Regional decrete medidas mais restritivas, nomeadamente o adiamento da abertura ou encerramento das escolas, o controlo de passageiros com destino à ilha e o reforço da fiscalização.

No domingo, o executivo madeirense aprovou novas medidas para conter os contágios com o vírus SARS-CoV-2, que incluem a proibição de circulação entre as 23:00 e as 05:00 em todo o território, a abertura progressiva das escolas em três concelhos, reforço da fiscalização e encerramento de bares e restaurantes às 22:30.

No que diz respeito à abertura das escolas, tendo a região um universo de 52 mil elementos, entre professores, alunos e funcionários, o executivo adotou medidas específicas para os três concelhos com "maior incidência de casos": Funchal, Câmara de Lobos e Ribeira Brava.

De acordo com as perspetivas do Governo Regional, nestes três concelhos, as escolas públicas e privadas devem reabrir até 11 de janeiro, depois testada a população escolar, enquanto nos restantes estabelecimentos de ensino nos demais municípios mantém-se o calendário definido, recomeçando as aulas hoje.

No Porto Santo, o presidente da autarquia recomenda que todas as pessoas que estiveram fora da ilha no período de Natal e fim de ano se mantenham isoladas até à realização do teste à covid-19, que se realiza no quinto dia após o regresso.

Idalino Vasconcelos anunciou também que vai convocar, com caráter de urgência, a Comissão Municipal de Proteção Civil, para avaliar e determinar orientações operacionais.

De acordo com a Direção Regional de Saúde, o arquipélago da Madeira, com 267 mil habitantes, regista 799 infeções ativas, num total de 2.000 casos confirmados desde 16 de março de 2020, e 14 óbitos, estando 45 pessoas internadas no hospital do Funchal.