Mário Centeno falava aos jornalistas no Ministério das Finanças, após uma reunião por teleconferência do Eurogrupo, ao qual preside, sobre o surto de Covid-19. A reunião incluiu ainda Estados europeus não-membros da organização.

O ministro considerou que "ainda é cedo para fazer contas" ao impacto na economia portuguesa relacionado com o surto de Covid-19 e sublinhou que o trajeto de consolidação das contas públicas "é uma realidade" que permite a Portugal "ter capacidade para reagir" a situações imprevistas "sem comprometer de maneira nenhuma a sustentabilidade" das finanças públicas.

Porém, Centeno disse que Portugal não hesitará em definir políticas se tal for necessário.

Questionado sobre se o excedente orçamental poderá estar em causa, o ministro respondeu: "Não é uma preocupação neste momento do ministro das Finanças nem do Governo, nós estamos certos que temos os meios para responder".

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal.

Das pessoas infetadas, cerca de 50 mil recuperaram.

Além de 2.983 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.

Um português tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou cinco casos de infeção, dos quais quatro no Porto e um em Lisboa.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

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