“Solicita-se a melhor compreensão e colaboração de todos no cumprimento das regras impostas no presente quadro pandémico, acatando e respeitando as indicações dos polícias que estarão ao serviço da comunidade”, refere o Comando Metropolitano do Porto da PSP, em comunicado enviado à agência Lusa.

No texto, esta força policial revela que “vai reforçar o policiamento na sua área de responsabilidade, empenhando elementos policiais de diferentes valências, nomeadamente as afetas ao policiamento de proximidade, de forma a garantir as condições especiais e gerais de segurança”.

Acrescenta ainda que a Divisão de Trânsito vai intensificar a fiscalização rodoviária nos principais acessos às cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia.

Em causa está a noite de quarta para quinta-feira, referida como a noite mais longa do ano do Porto, devido aos festejos populares de São João.

No Grande Porto estas festas repetem-se por vários concelhos, sendo que tradicionalmente é no Porto e em Vila Nova de Gaia que tem lugar o maior número de eventos públicos de entretenimento.

Contudo, à semelhança do ano passado, as duas câmaras municipais já anunciaram a proibição de eventos que impliquem ajuntamentos, nomeadamente concertos ou fogo-de-artifício.

Revelando que vai desenvolver ações de fiscalização preventiva em colaboração com as Polícias Municipais destes concelhos, a PSP do Porto sublinha que o objetivo é “assegurar o cumprimento das regras em vigor, nomeadamente a observância dos horários de funcionamento dos estabelecimentos, a utilização de máscara em espaços públicos, bem como impedir as concentrações ou o consumo de bebidas alcoólicas na via pública”.

Ainda no âmbito das medidas preventivas, “a PSP solicitou aos operadores de transportes públicos [autocarros STCP e metro] que procedessem à redução da oferta de transportes para as cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia”, acrescenta esta força policial.

Em 31 de maio, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, garantiu que, devido à pandemia da COVID-19, os festejos de São João não teriam concertos na avenida dos Aliados, nem fogo-de-artifício.

“Não vai haver concertos na avenida, não vai haver fogo-de-artifício. Como é que as pessoas vão andar? Não faço ideia. E quando houver ajuntamentos? Se é a PSP que tem de intervir, que intervenha. Não me peçam para dizer o que vai suceder ou não. Lembro-me que no ano passado as pessoas ficaram basicamente em casa, acho que este ano vai haver mais pessoas na rua”, declarou Rui Moreira, numa intervenção na qual pediu que não se critique a PSP.

Também o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, na mesma data e à margem de uma reunião camarária, frisou que não serão organizados festejos de São João, o que inclui os habituais concertos musicais e o típico fogo-de-artifício.

Esta posição foi reafirmada na segunda-feira em jeito de apelo pelo autarca.

“Apelo às famílias e coletividades que se estão a organizar festas para que cumpram as regras. Voltem para casa cedo e façam as coisas o mais reservadas possível”, disse Eduardo Vítor Rodrigues ao analisar o aumento de casos de infeção pelo novo coronavírus que o concelho e o país têm assistido nas últimas semanas.

A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 3.875.359 mortos no mundo, resultantes de mais de 178,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.074 pessoas e foram confirmados 866.826 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.