O delito consistia no fornecimento de aparelhos ortopédicos para pacientes idosos ou com necessidades especiais que não precisavam desses equipamentos, mas as quais teriam direito através da cobertura do sistema de seguro público Medicare.

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Os acusados supostamente pagaram aos médicos para que prescrevessem os aparelhos sem falar com os pacientes.

"Os lucros foram supostamente lavados através de corporações internacionais e usados para comprar iates, automóveis e imóveis de luxo nos Estados Unidos e no estrangeiro", destacou o Departamento de Justiça (DOJ) em comunicado citado pela agência de notícias France-Presse.

A Medicare recebeu as faturas de cerca de 1,7 mil milhões de dólares em reembolsos. Entre os acusados na operação estão diretores-gerais e outros executivos de empresas de telemedicina e proprietários de  empresas de equipamentos hospitalares e médicos.

O DOJ disse que os esquemas envolveram "mais de 1,2 mil milhões de dólares em perdas".

Também foram adotadas sanções administrativas contra 130 fornecedores de equipamentos ortopédicos, destacou o Departamento de Justiça.

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"Hoje, um dos maiores esquemas de fraude na saúde na história dos Estados Unidos chegou ao fim", disse Robert Johnson, diretor assistente do FBI, uma das várias agências envolvidas.

Fraude paga pelos contribuintes

A procuradora federal Sherri Lydon, da Carolina do Sul, acrescentou que os delitos de colarinho branco causam vítimas. "Todos os contribuintes pagarão o custo crescente dos reembolsos dos atendimentos médicos como resultado da fraude ao nosso sistema Medicare", advertiu Lydon.

O sistema Medicare, conhecido por ser alvo fácil de fraudes, foi criado na década de 1960 para conceder seguro médico público aos norte-americanos com mais de 65 anos. Nos anos seguintes foi ampliado para os mais pobres, portadores de necessidades especiais, crianças e veteranos militares, e hoje atende a 112 milhões de pessoas.