As mortes em Itália associadas ao novo coronavírus SARS-CoV-2 ascenderam hoje às 13.155, após serem registados mais 727 óbitos nas últimas 24 horas, um número algo inferior ao registado na terça-feira, indicam os últimos dados da Proteção Civil italiana.

No entanto, o número de contágios registou um aumento até 2.937 pessoas, após dois dias em que rondou os dois mil casos, e num total de 80.572 casos positivos ativos da covid-19, com 28.403 hospitalizados e 4.035 nos cuidados intensivos.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

De acordo com as informações fornecidas por Angelo Borrelli, o chefe da Proteção Civil, os casos totais desde que o novo coronavírus foi detetado em Itália em 20 de fevereiro ascendem a 110.574, dos quais 16.847 são considerados curados.

Na Lombardia, a região mais atingida pela pandemia, foram hoje hospitalizadas 44 pessoas, registados 1.565 novos contágios e 394 mortos, dados que na perspetiva do assessor regional de Saúde, Giulio Gallera, são “positivos” pelo facto de se manter uma tendência e não terem sido registados grandes aumentos.

O Governo italiano deverá aprovar até sexta-feira um novo decreto para prolongar, pelo menos até 13 de abril, as medidas de confinamento e bloqueio de atividades, em vigor desde há cerca de quatro semanas.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto de COVID-19 espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

A doença matou mais de 43.000 pessoas no mundo inteiro, segundo um balanço da AFP às 11h00, a partir de dados oficiais.

De acordo com a agência de notícias francesa, já foram diagnosticados mais de 865.970 casos de infeção pelo novo coronavírus e a pandemia espalhou-se por 186 países ou territórios. Foram consideradas curadas pelo menos 172.500. A Europa concentra dois terços dos casos de morte.

Depois de Itália, os países mais afetados são Espanha com 9.053 mortes em 102.136 casos, os Estados Unidos com 4.081 mortes (189.633 casos), França com 3.523 mortes (52.128 casos) e a China continental com 3.312 mortes (81.554 casos).

A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou um total de 81.554 casos (36 novos entre terça e hoje), incluindo 3.312 mortes (sete novas) e 76.238 curados.

Também os Estados Unidos estão a ser bastante afetados pela pandemia tendo sido registadas oficialmente 189.633 infeções, 4.081 mortes e 7.138 curados.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 187 mortes, mais 27 do que na véspera, e 8.251 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 808 em relação a terça-feira.

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