No rescaldo da taça, que ganhámos exemplarmente, com uma pintarola que nos dá gosto, Fernando Santos é o líder. Fernando Santos é o homem. Porque nos ajudou a trazer a taça para casa, sim claro. Mas principalmente porque prometeu que o faria. E cumpriu. O líder cumpre.

Porque pegou numa amálgama de egos, com pés, mãos, cabeça, coração, e deu-lhes uma forma única. Mas com a necessária dinâmica. Ou o jogo de cintura que nos fazia falta para mandarmos, um a um, cada adversário para casa. O líder sabe coordenar.

Fernando Santos foi o cérebro da operação. Brilhante ou não, competente, de certeza, deixou que todos os treinadores de bancada nos subissem às palavras. Cada um disse o que quis. Cada um vaticinou como pode. E quando quis. E o homem nunca se abalou. Pelo menos que nós víssemos. Seguiu em frente, na sua determinação. Na sua crença de um modelo que poderia vingar. E acabou por vingar. É essencial ao líder a determinação, a garra.

Mais: deu força e espaço à sua equipa. A nossa equipa. E vimos surgir um capitão mais forte. Uma equipa que reagiu, que se reagrupou, que foi à luta. Os bons líderes, os que ficam para a história, dão espaço a outros, não os teme.

Esta taça não é o trabalho de um homem, mas de todos os que aceitaram a visão de um homem que nos tornou campeões. É o resultado de uma equipa que tornou aquela visão numa missão. E essa missão era clara. Cristalina. O que dá toda uma enorme motivação.

Ir à luta com o peito feito desta motivação faz toda a diferença. É o que determina a sabedoria da humildade. Do gozo puro pelo resultado que se ambiciona.

Esta é a sabedoria do líder que sabe o que quer. E que alimenta a sua equipa.

Cláudia Nogueira

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