Abrem-se os cordões à bolsa e é ver sair em grande velocidade as notas, moedas, cartões de débito e crédito.

Compramos mais e mais presentes até completarmos a lista e a doença de viver acima das possibilidades é esquecida nesta altura desculpando-se os excessos, porque é Natal. Mas, estes excessos pagam-se (caro) durante o resto do ano.

Cartões de crédito esticados ao máximo que, mais cedo ou mais tarde, terão de ser pagos...

É importante, essencial e obrigatório viver dentro das nossas possibilidades, seja em que época do ano for.

A desculpa de que é Natal é isso mesmo: uma desculpa. Até porque o Natal acontece todos os anos e por isso o melhor é mesmo anteciparmo-nos a um possível desastre financeiro.

É importante, essencial e obrigatório Planear.

1 – Separar todos os meses

O orçamento familiar deve contabilizar o Natal desde o início do ano, deve-se orçamentar as despesas da família e colocar de lado umas poupanças já a contar com esta época. Ou seja, pagar primeiro tudo o que é essencial e colocar de lado o que sobra para o Natal.

2 – Estipular um orçamento

Orçamentar é importante, mas mais importante é cumprir com o orçamento. Não gastar mais do que foi colocado de lado é fundamental para não ficarmos em esforço. E quando se planeia e temos a noção de quanto temos para gastar, racionalizamos as compras e aproveitamos as oportunidades como os saldos, promoções, etc.

3 – Planear as compras com antecedência

Existem várias formas de se poupar para o Natal com a devida antecedência.
Já repararam que, depois do Natal e do ano Novo, os preços dos brinquedos reduzem drasticamente? Comprar brinquedos após a época Natalícia é uma excelente forma de poupar. Colocam-se os presentes no saco do Pai Natal, bem escondidos na arrecadação, e depois é só fazê-los descer pela chaminé no dia 24 de Dezembro.

4 – Presentes personalizados

A criatividade também é uma excelente forma de poupar. Existe a ideia de que, quanto mais caro o presente, mais agradecido e satisfeito ficará o presenteado. Contudo, presentes personalizados são, na maioria das vezes, mais valorizados. Aquele quadro com fotos de momentos passados em conjunto durante o ano, aquela pulseira com pequenos ornamentos que têm um significado especial, aquele desenho feito pelas crianças, estes são presentes sem preço que, na grande maioria, requerem pouco ou nenhum investimento.

Este planeamento, de acordo com as nossas possibilidades e criatividade, evita o stress e as desilusões. Podemos oferecer presentes sem gastar muito, principalmente quando não o temos para gastar.

Porque os melhores presentes são aqueles dados com amor e amor todos temos para dar e não custa nada! Se for para gastar, que seja planeado, orçamentado, sem acumular preocupações para mais tarde.

É importante, essencial e obrigatório celebrar o Natal de uma forma consciente.

Estas e outras dicas no livro:
Guia Prático da Educação Financeira
Autora: Adelaide Miranda
Editora: Capital Books

Guia Prático da Educação Financeira
créditos: Adelaide Miranda